Registro biométrico monitora toda a atuação diária do médico no trabalho.
Sistema já está implantado em 94% dos 104 postos de saúde da capital.
Sistema já está implantado em 94% dos 104 postos de saúde da capital.
O trabalho dos médicos que atuam nos postos de saúde de Fortaleza passou a ser monitorado pela Secretaria de Saúde do Município. O sistema, digital, foi implantado para garantir que eles cumpram a carga horária contatada. Os horários de entrada e de saída serão registrados pelo equipamento e repassados ao sistema que calcula o valor do salário dos profissionais.
O ponto biométrico ainda não impede que o profissional registre a entrada, vá embora e volte algumas horas depois para registrar a saída. Por isso, eles também têm o trabalho registrado e monitorado no decorrer de toda a jornada diária de trabalho, por meio de um prontuário eletrônico. “Serve de registro de acompanhamento médico do paciente”, diz a médica Mariza Bandeira de Araújo.
"A gente consegue saber o horário de cada paciente, quantos o médico já atendeu, quantos ele ainda atenderá no horário e ele permanecerá na unidade, das 7h às 13h ou das 13h às 19h”, explica a coordenadora do posto de saúde, Keylla Márcia Souza. O sistema já funciona em 94% dos 104 postos de saúde da capital. A previsão é de que ele seja implantado em todas as unidades até o fim do ano.
Os registros chegam também à Secretaria de Saúde. Até os atendimentos fora das unidades de saúde, como as visitas domiciliares, são monitorados. “Tudo está dentro da agenda do médico e a gestora tem autoridade, ela tem todo o poder de avaliar e de dar essa frequência: quando ele sai ou quando ele vai fazer alguma atividade fora da unidade de saúde”, diz a titular da secretaria, Socorro Martins.
Se mesmo assim houver dúvidas quanto à frequência do médico no trabalho, as imagens das câmeras dos postos podem ser utilizada. Todo esse controle é aprovado por quem quer apenas ser atendido nos postos de saúde de Fortaleza. “Tem que ser assim mesmo. Ficar pagando para o médico só vir bater o ponto e ir embora não tem graça. Tem de atender quem precisa, né”?, ressalta a dona de casa Ivone de Almeida Miranda.
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