A médica pediatra Emmanuelle Lira, que atua nas cidades de Cajazeiras e Patos, afirmou que o município de Campina Grande tem negado leitos e dado uma resposta padrão para os municípios que não são pactuados e precisam de leitos de enfermaria e UTI destinados ao tratamento da Covid-19.
Ela explicou que participa de grupos (aplicativos de mensagens) e houve a apresentação, por parte da Secretaria de Saúde do Estado, de uma lista constando 77 pessoas à espera de um leito Covid-19 enquanto que, por parte da Secretaria de Saúde de Campina Grande, há a apresentação de 155 leitos Covid-19 disponíveis.
– Eu acho que minha filha de seis anos já ficaria indignada, porque é uma matemática simples – colocou.
A médica citou, em entrevista à Rádio Correio FM, que Patos e Cajazeiras não têm pactuação com Campina Grande e João Pessoa e, ao solicitar leitos para João Pessoa, a cidade nunca negou, mesmo sabendo que não iria receber nada por isso e precisaria suspender algum tipo de serviço nos hospitais.
– É aquela diferença entre o que é legal e o que é moral. É ilegal negar leitos? Não. Mas, em uma pandemia, eu considero como imoral – disse.
A médica registrou uma queixa no Ministério Público Federal na última segunda-feira, 21.
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