quinta-feira, 14 de julho de 2016

Quase metade das queixas de usuários do SUS no Estado é por conta de 'grosseria'

 
 
 
 
Relatório da Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS) de Cuiabá aponta que 21% das denúncias recebidas em 2015 estão relacionadas ao atendimento dos profissionais da saúde (318 casos), 16% a falta de medicamentos e material hospitalar (235 casos) e 11% relacionados a exames (164 casos).
 
O relatório apresentado ao Conselho Municipal de Saúde em junho é o resultado das manifestações registradas de usuários pela ouvidoria via email, telefone, sistema de ouvidoria da prefeitura, via ouvidoria do Ministério da Saúde e pessoalmente. Foram 1.504 processos entre janeiro e dezembro, sendo que 1.245 (83%) foram finalizados.
 
A ouvidoria é um canal de comunicação entre o cidadão e os gestores do SUS, espaço democrático para a manifestação dos usuários e para disseminação de informação. Atua na mediação entre sociedade e gestores e prestadores de serviços do SUS.
 
São 142 casos (45%) relativos a mau atendimento, grosseria, falta de ética, cordialidade, orientação ou informações adequadas ao usuário. Denúncias de erro, negligência ou descaso no atendimento prestado, principalmente médico, representou 18% das reclamações, com um total de 59 casos.
 
Em relação aos medicamentos, a falta de material hospitalar, fralda, leite, receituário e cadastramento lideram as reclamações na atenção básica e secundária.
 
Os medicamentos que mais faltaram são: Kolagenase, Óleo Ddersani, Amitripilina, Prolopa, Enoxoparina, Metropolol (Selozok), Sulfadiazina de Prata, Fluoxetina, Lozartana.
Entre os insumos que mais faltaram estão: esparadrapo, gazes,sonda, luvas, dispositivo urinário, xilocaína, fitas e aparelho para medir glicemia.
 
Em relação a exames, a reclamação de demora nos agendamentos, realizações e entrega de resultados representou 98% das reclamações (161 casos). Foram 116 reclamações da demora em autorização e realização de cirurgias (91%) e 11 casos de demora na realização do procedimento, mesmo após autorização (9%).
 
Relatório foi apresentado pela ouvidora Priscila Munique Dias Miranda, que em agosto encerra sua atuação, eleita por duas vezes. 


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