Morreu na tarde deste sábado, 10, a menina Laura Praciano Cruz, a Laurinha, que inspirou a campanha #AcordaLaurinha. Ela estava desde o nascimento, em 6 de fevereiro de 2014, em coma. O quadro foi gerado após um choque anafilático que a mãe dela, Paula Teixeira Praciano, teve durante o parto após ser medicada com o bactericida kefazol. Ambas ficaram sem oxigênio por minutos; a mãe morreu no procedimento.
Laurinha estava internada em um hospital em estado grave desde 14 de novembro, por causa de uma pneumonia. Ela ainda teve um problema renal devido a medicação, precisando fazer tratamento de hemodiálise, como contaram familiares ao O POVO Online nessa quarta-feira, 7.
"Estamos angustiados e aflitos, mas confiantes de que Deus nos dará forças e que agora o nosso grupo ore por Laurinha e sua mãezinha que já não fazem mais parte desse mundo", desabafou o primo Matheus Teixeira, em postagem no grupo oficial da campanha.
Relembre o caso
A família da menina denuncia negligência médica durante o parto. “A medicação foi administrada por uma técnica de enfermagem, por ordem do médico, que autorizou por telefone, pois ainda não estava no hospital. Ela passou mal e foi atendida por um otorrinolaringologista, que era o plantonista, e não percebeu a reação alérgica", contou o pai de Laurinha, Ádamo Cruz, em entrevista ao O POVO em dezembro de 2015.
Após receber alta do hospital, a família de Laurinha manteve uma UTI na casa em que moram. A menina tinha atividade cerebral, mantinha os olhos abertos, mas a visão era estática. Laurinha dependia de aparelhos para respirar e se alimentava por meio de uma sonda.
Criada por familiares, a campanha #AcordaLaurinha ultrapassou 115 mil membros em um grupo criado no site de relacionamentos Facebook. Além disso, adesivos e outdoors foram espalhados pela cidade com os dizeres da campanha.
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