segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Especialista capixaba desvenda mitos sobre a anestesia

Para contribuir com a própria segurança dos pacientes, além da conversa prévia com o anestesista são necessários também outros cuidados, como o jejum
 
 
O médico Weberton Gomes ressalta que uma consulta pré-operatória com o paciente é fundamental
Foto: ​Divulgação
  
Quando se fala em cirurgia muitas pessoas pensam em adiá-las por medo da anestesia. Evitar algum tipo de procedimento para não enfrentar os efeitos dela é mais comum do que se imagina. Para o médico anestesiologista Weberton Gomes, a anestesia mudou para melhor e ela tem trazido mais segurança e conforto para o paciente.
 
“Antigamente as cirurgias eram feitas sem nenhum tipo de anestésico, por isso nos séculos 17, 18 e até grande parte do século 19 a cirurgia significou sofrimento, pois sem anestesia poucas pessoas eram capazes de aguentar as operações”, explica.
 
Com o avanço da medicina e a modernização das técnicas os médicos anestesistas encontraram recursos e equipamento que pudessem proporcionar mais conforto e segurança aos pacientes. “Hoje temos drogas com tempo de ação mais previsível e com menos efeitos colaterais”.
 
Para que tudo ocorra bem durante uma cirurgia, o médico lembra ainda que uma consulta pré-operatória com o paciente é fundamental. O ideal é uma conversa com o especialista uma semana antes do procedimento, para que as dúvidas possam ser esclarecidas e o médico avalie o histórico de alergias a medicamentos. “Essas informações são importantes para determinar a anestesia a ser usada e o paciente conhecer melhor o anestesista”, orienta o especialista.
 
Ele explica ainda que cabe ao anestesista a responsabilidade considerada por muitos como a mais importante: a de que a pessoa saia ilesa da mesa de operação. “Tecnicamente nós somos responsáveis por controlar e monitorar os batimentos cardíacos, pressão arterial, respiração, temperatura. Somos considerados os “anjos da guarda” de um paciente”, brinca.
 
Para contribuir com a própria segurança dos pacientes, além da conversa prévia com o anestesista são necessários também outros cuidados. “O jejum é obrigatório, pois a anestesia retira todos os reflexos que protegem as pessoas, como a deglutição e tosse. Além disso, a prótese dentária e as lentes de contato precisam ser retiradas e os fumantes devem parar de fumar no mínimo um mês antes do procedimento”, recomenda.
 
Principais tipos de anestesia
 
Geral – o paciente permanece inconsciente durante todo o procedimento, não tendo nenhuma percepção de dor, espaço ou movimentação.
 
Regional ou parcial – apenas uma parte do corpo é anestesiada, podendo ser associada com sedação ou não. São exemplos de anestesia regional a peridural e a raquianestesia.
 
Sedação – consiste na diminuição do nível de consciência, em que o paciente fica mais tranquilo e relaxado. Tem menor duração e é indicado para realizar procedimentos ou exames rápidos.
 
O tipo de anestesia, seus benefícios, riscos e alternativas devem ser discutidos previamente com o anestesiologista durante a avaliação pré-anestésica.
 
 

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