sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Esteticista morre após lipoaspiração em Petrolina

Existe a suspeita de que ela tenha sido operada por um profissional sem habilitação em cirurgia plástica
 
Uilma pode ter sido operada por profissional inabilitado
Foto: Reprodução/facebook
 
 
A Polícia Civil e o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) vão apurar a morte da esteticista Uilma Fontes Silva, 37 anos, após uma cirurgia de lipoaspiração realizada em um hospital particular de Petrolina, no Sertão. A informação inicial é que momentos depois de finalizado o procedimento ela passou mal e teve uma parada cardíaca na noite da última terça-feira. Existe a suspeita de que ela tenha sido operada por um profissional sem habilitação em cirurgia plástica, e que tenha acontecido algum erro médico. Uilma era casada e mãe de três filhos.
 
Segundo o delegado Daniel Moreira, familiares da paciente foram até o plantão da delegacia pedir a intervenção da polícia para que o corpo dela fosse periciado pelo Instituto Médico Legal (IML). “Os parentes não concordaram com a causa morte apresentada pelo hospital”, disse. O exame tanatoscópico foi solicitado junto com outras perícias adicionais, algumas inclusive serão realizadas no IML do Recife.
 
Independentemente do resultado do laudo que ainda sairá já foi instaurado inquérito para verificar se o hospital era habilitado para este tipo de cirurgia e se o médico era capacitado também. A informação inicial é de que ele não era um especialista em cirurgia plástica”, contou o delegado.
 
Ele destacou que apenas no decorrer a investigação será possível saber se o caso se trata de um homicídio culposo, quando não há intenção de matar, mas se assume os riscos. A reportagem entrou em contato com o hospital, mas foi orientado ligar hoje para um posicionamento sobre o caso. Não havia relato de que a esteticista fosse paciente com algum risco preexistente para a operação.
 
O representante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em Pernambuco, Jairo Zacchê, comentou que todo médico formado pode fazer qualquer procedimento médico. “Ele é acobertado pela lei, mas se algo der errado no procedimento e ficar comprovado a imperícia, ou uma inabilidade, ele pode responder por isso”, disse. O ideal é que as cirurgias desse tipo sejam realizadas por profissionais credenciados pela Sociedade Brasileira.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário