No Centro de Terapia Intensiva onde Amanda Andrade, de 23 anos, passou 26 dias, a forte medicação não impedia que percebesse o burburinho entre os enfermeiros. Com o intestino perfurado durante o parto do seu primeiro filho, no Hospital da Luz, em São Paulo, a forte infecção que tomou conta do seu corpo reduzia muito as chances de sobrevivência. Já internada, vez ou outra entreouvia “Coitada!”, entre um suspiro e outro da equipe. Mas, se a dor física foi grande, a mãe lamenta ainda mais ter “perdido” o primeiro mês de vida do pequeno, e principalmente o susto no reencontro com ele - que não a reconheceu de imediato.
Quatro meses depois, na fase final de recuperação, Amanda faz um alerta a médicos:
— Médicos, sejam humanos! É preciso se importar mais com as pessoas, porque podia ter morrido sem nunca ter conseguido cuidar do meu filho. Consegui superar e sinto apenas um pouco de dor, mas tiraram de mim o primeiro mês de vida dele. Enquanto estava internada, via, nas fotos, o rosto triste do meu bebê. Não vi o umbigo cair, não pude amamentar. E o pior: ele não me reconheceu quando voltei. Mal conseguia segurá-lo nos braços — lamenta a jovem, que vive com a família em Itapecerica da Serra, no estado de São Paulo.
Segundo Amanda, que trabalha com o marido como comerciante, a equipe médica foi informada sobre dor e desconforto que sentia em diversas situações, mas a examinou quando perdeu a consciência:
— Médicos, sejam humanos! É preciso se importar mais com as pessoas, porque podia ter morrido sem nunca ter conseguido cuidar do meu filho. Consegui superar e sinto apenas um pouco de dor, mas tiraram de mim o primeiro mês de vida dele. Enquanto estava internada, via, nas fotos, o rosto triste do meu bebê. Não vi o umbigo cair, não pude amamentar. E o pior: ele não me reconheceu quando voltei. Mal conseguia segurá-lo nos braços — lamenta a jovem, que vive com a família em Itapecerica da Serra, no estado de São Paulo.
Segundo Amanda, que trabalha com o marido como comerciante, a equipe médica foi informada sobre dor e desconforto que sentia em diversas situações, mas a examinou quando perdeu a consciência:
— Ainda no hospital, depois de ganhar meu filho, reclamei de dor diversas vezes, pedi ajuda, e disseram que era gases. Deram laxante, mas só piorou — diz Amanda, que precisou voltar ao hospital um dia depois de receber alta, quando a situação se tornou insuportável: — Continuavam achando que era prisão de ventre e só tomaram uma atitude quando apaguei — explicou a mãe, que só acordou quatro dias depois, amarrada, entubada e na cama do CTI já de outro hospital: — Hoje sei que sou um milagre. Ficaram as cicatrizes na barriga, muito grandes, e não quero que isso volte a acontecer com ninguém — afirma.
Com os pontos finalmente cicatrizados, já que Amanda teve que voltar para casa com o corte aberto por conta da forte infecção, a mãe comemora poder cuidar do filho sozinha e retomar, aos poucos à vida normal.
— Quando voltei para casa, fiquei um pouco triste por ter acontecido isso tudo e imaginando como seria se estivesse aqui desde o começo, porque planejei amamentar desde o começo, queria ter feito muitas coisas por ele, mas agora é hora de pensar no futuro e de deixar o meu recado para outras pessoas — diz a jovem, que acionou um advogado e se prepara para processar o hospital onde o acidente aconteceu.
Extra -
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