quarta-feira, 15 de março de 2017

Confirmada primeira morte por chikungunya no Ceará em 2017

A vítima tinha 66 anos e era moradora do Álvaro Weyne, um dos bairros com o maior número de notificações da doença
 
 
 
Foi confirmada a primeira morte pela febre chikungunya no Ceará este ano. A vítima foi uma mulher, residente de Fortaleza, que morreu no dia 20 de janeiro. A confirmação da causa da morte só foi divulgada no último dia 7, na Atualização Semanal das Doenças de Notificação Compulsória, publicada pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). No Ceará, já foram confirmados 661 casos da doença em 2017.

No ano passado, foram confirmados 21 óbitos pela febre chikungunya e ainda há uma suspeita em investigação. Fortaleza é a cidade com o maior número de registros da doença. De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), só este ano 375 pessoas foram diagnosticadas com chikungunya na Capital.

A pessoa que morreu residia no bairro Álvaro Weyne e tinha 66 anos. O bairro é uma das regiões que têm registrado maiores números de notificações da doença, com 41 ocorrências. Conforme o boletim, Antônio Bezerra (41), Quintino Cunha (33), Itaperi (46), Serrinha (58), Maraponga (44) e Mondubim (73) estão entre os mais afetados.

Dengue
 
Em todo o Ceará, os casos de dengue chegaram a 1.324 este ano, sendo sete considerados graves. No entanto, apesar do maior número de infecções, ainda não foram registradas mortes pela doença nos primeiros três meses de 2017.
De acordo com o gerente da Célula de Vigilância Ambiental e Riscos Biológicos da SMS, Nélio Morais, há uma tendência que o número de casos da chikungunya aumente nos próximos meses, uma vez que estamos no período mais crítico para a incidência das arboviroses. Este período segue até junho. “A incidência ocorre pelo aumento da chuva, calor e umidade”, cita.

Além de Fortaleza, Pentecoste e Baturité seguem como as cidades cearenses com o maior número de ocorrências, com 110 e 106 registros da doença, respectivamente. No total, 20 municípios registraram casos da febre.

A chikungunya ainda preocupa especialistas pela falta de conhecimento sobre os agravos da doença. Segundo o epidemiologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Luciano Pamplona, é importante “não subestimar uma virose”.

De acordo com ele, neste período de maior incidência de chuvas e aumento da circulação de doenças respiratórias, além de dengue, zika e chikungunya, “é fundamental que pessoas que tenham febre e dor no corpo busquem atendimento médico”.
 
Números
 
661 casos de chikungunya foram registrados neste ano no Ceará
375 pessoas foram confirmadas com a doença, este ano, em Fortaleza
21 mortes por chikungunya foram registradas no Ceará em 2016
 

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