Ela morreu num hospital público, mas médicos não sabem dizer a causa da morte. Corpo aguarda necropsia de peritos do IML, mas Polícia Civil está em greve.
Uma família de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, está enfrentando um grande drama. Depois de uma peregrinação por hospitais, uma mulher morreu. Como os médicos não conseguiram atestar a causa da morte, precisam que o corpo seja liberado por peritos do Instituto Médico Legal (IML), que estão em greve. Enquanto isso, o corpo de Katiuscy Galvão da Silva, que tinha 37 anos, permanece, desde sábado (4), no hospital.
Katiuscy estava sentindo dores no estômago há cerca de uma semana. Moradora de Bonsucesso, a paciente procurou a UPA perto de casa e também o Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador. Katiuscy conseguiu atendimento, mas os parentes disseram que em nenhuma das duas unidades havia médicos especialistas.
Ela foi então acompanhada da irmã ao Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na Zona Oeste, em busca de um gastroenterologista na sexta-feira (3). A família diz que ela recebeu pulseira verde - para pacientes com menor gravidade - e que, ao longo da tarde, o hospital ficou lotado de vítimas de acidentes.
“Minha irmã chegou no hospital as 15h30, fez o exame que a médica solicitou, a tomografia e o exame de sangue, e só foi avaliado 22h. A médica quando eu voltei da tomografia procurando minha irmã não se encontrava e não sabia dizer onde estava”, contou a irmã Karine.
Na madrugada de sexta para sábado, cerca de nove horas depois de dar entrada no hospital, Katiuscia morreu.
“Imagina uma pessoa chegar no hospital com dor de estômago e sair de lá morta”, observou a irmã.
Os médicos não souberam informar a causa da morte e decidiram então, pedir uma necropsia do corpo no IML. Só que a Polícia Civil está em greve.
Os peritos estão atendendo casos de morte violenta ou acidental. Como Katiuscia morreu em virtude de um problema de saúde, o corpo dela permanece desde sábado no hospital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário