Pelo menos três casos foram registrados na obstetrícia do HMS em uma semana. Anúncio foi feito pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
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| Pronto Socorro Municipal em Santarém (Foto: Adonias Silva/G1) |
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informou que vai abrir uma sindicância para apurar casos de mortes de fetos, ocorridos no setor de obstetrícia do Hospital Municipal (HMS), em Santarém, no oeste do Pará. Segundo a Semsa, serão investigadas as denúncias das grávidas, que alegaram que as mortes teriam ocorrido por demora no atendimento e ainda por negligência de alguns médicos da unidade.
A Sindicância foi determinada pelo prefeito Nélio Aguiar, que deve se reunir na quarta-feira com o secretário de Saúde, Edson Ferreira Filho, com a diretora do Hospital Municipal, Talita Liberal e com a coordenação de enfermagem da obstetrícia do HMS.
Na semana passada, pelo menos três casos de mortes de fetos foram registrados na obstetrícia do HMS. O assunto também foi alvo de pronunciamentos na Câmara de Vereadores, na sessão da última segunda-feira (27).
Um caso de repercussão foi o da jovem Evelyn Bentes. Após ter passado mais de meia hora aguardando atendimento no corredor do HMS, a paciente foi examinada e levada ao centro cirúrgico, mas por falta de material, passou mais de seis horas a espera de uma cesariana. “Fui levada para o quarto e fiquei aguardando a minha bebê, só que ela não foi trazida para mim. Ela morreu no parto. Eu não sabia de nada”, afirmou.
De acordo com Gracivane Moura, do Conselho Municipal de Saúde (CMS), os casos divulgados pela imprensa estão sendo acompanhados. Gracivane informou ainda que, para que o órgão possa tomar providências, as denúncias precisam ser formalizadas junto ao CMS.
O sofrimento de pacientes grávidas que enfrentaram ou enfrentam dificuldades no atendimento na obstetrícia do HMS, poderia ser evitado se já estivesse em funcionamento o Hospital Materno Infantil de Santarém. As obras estão paradas desde outubro de 2015.
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