quinta-feira, 16 de março de 2017

MP e PCDF fazem operação no Base contra fraude no ponto eletrônico


MATHEUS OLIVEIRA


A novela das fraudes no sistema eletrônico de controle de frequência da Secretária de Saúde tem novo capítulo. Na manhã desta quarta-feira (15), o Ministério Público e a Polícia Civil iniciaram uma operação que apura irregularidades no registro de frequência e em atestados médicos da UTI do Hospital de Base de Brasília.
 
Segundo a Promotoria de Defesa da Saúde do MPDFT, a suspeita é que médicos tenham burlado a escala de serviço da UTI adulto com horas extras lançadas não realizadas, gerando horas de trabalho semanal incompatível. Ainda há indícios de falsificação de documentos para justificar abonos concedidos.
 
Entre os crimes apurados estão peculato, estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documentos, associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informática.
 
“A Secretaria de Saúde não tolera nenhum tipo de ilicitude na conduta dos servidores”, afirmou o corregedor Fábio Santos. Ele explicou que tomaram conhecimento da situação de fraudes em outubro, quando houve sabotagem no Forponto e dados desapareceram. De acordo com ele, a operação foi provocada pela própria pasta e auditorias devem se intensificar.
 
“Os controles precisam ser aprimorados”, reconhece o corregedor. Desde que instalou-se o sistema eletrônico de frequência, Fábio Souza garante que houve resistência de funcionários e fraudes acontecem com frequência. Hoje, diz, centenas de investigações estão em andamento dentro da pasta. “É interesse da secretaria aprimorar o controle de frequência”, afirma. Todos os casos denunciados devem ser apurados. Em relação à ação desta quarta-feira, ainda não foram notificados em relação a nomes de envolvidos. O MPDFT convocou coletiva de imprensa para dar detalhes da operação.
 

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