terça-feira, 11 de abril de 2017

Médico acusado de mutilar pacientes em cirurgias será ouvido em audiência no AM

Carlos Cury participará de audiência no TJAM até quarta-feira; vítima que fez cirurgia em julho de 2010 também será ouvida.
 
  Audiências serão realizadas no Fórum Henoch Reis (Foto: Sérgio Rodrigues)
 
 
O médico Carlos Jorge Cury Mansilla apontado como falso cirurgião plástico, que teria mutilado dezenas de pacientes, será ouvido no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). A audiência de um dos processos em que o médico é réu está prevista para iniciar nesta segunda-feira (10).
 
A audiência para instrução processual do caso envolvendo Carlos Mansilla, que responde ação de indenização por danos médicos, morais e materiais, será realizada pela 11ª Vara Criminal da Comarca de Manaus. Serão três dias de audiência: 10, 11 e 12 de abril. Nesta segunda-feira, devem ser ouvidas duas testemunhas de acusação e uma das vítimas.
 
De acordo com os autos, a vítima se submeteu a procedimentos cirúrgicos em 31 de julho de 2010. Ela teria ficado com a cintura desproporcional, uma cicatriz que não consegue ser disfarçada na barriga e cicatrizes na parte pubiana que seriam decorrentes de utilização de dreno errado.
 
O advogado Lymark Kamaroff, que integra equipe de defesa do médico, disse que a defesa acredita que não houve erro médico e que paciente teve complicações após procedimento cirúrgico. “Houve complicações que é diferente de erro de técnica. Complicação é quando todo mundo faz a mesma coisa, essa complicação e esse resultado insatisfatório são advindos de uma complicação e não de um erro. A tese é exatamente essa de complicação. Acho que nessa audiência ele não vai comparecer porque não há necessidade da presença dele”, disse o advogado ao G1.
 
O TJAM negou o pedido apresentado pela defesa de Carlos Jorge Cury Mansilla, para que o médico fosse ouvido por carta precatória no município de Guajará-Mirim, em Rondônia.
 
O cirurgião responde a 27 processos em andamento na Justiça Estadual, em sua maioria por acusação de erro médico e lesão corporal grave decorrente de cirurgias plásticas. Destes processos, dois tramitam sob segredo de Justiça. Dois recursos de processos por erro médico estão no 2º grau do Tribunal de Justiça do Amazonas.
 
 

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