sexta-feira, 21 de abril de 2017

Médico erra e declara em guia cirurgia não realizada em PM do DF

Segundo denúncia, paciente foi submetido a um procedimento de imobilização e corporação seria cobrada por um serviço mais caro
 
 
Grupo Santa/Divulgação

A Polícia Militar apura um caso denunciado por um sargento da corporação. Segundo o policial Ronaldo Andrade, o médico do Hospital Maria Auxiliadora, unidade que mantém um convênio com a PMDF, teria incluído no relatório serviços que não foram prestados, como cirurgia e anestesia. O Departamento de Saúde e Assistência ao Pessoal (DSAP), responsável pelo setor, já foi informado sobre o problema.
 
Em um grupo no WhatsApp, o sargento Andrade relata que foi ao hospital, no Gama, no último dia 2, por volta das 19h, para imobilizar o joelho. No entanto, ele conta que após o atendimento, verificou que o médico colocou na guia que realizou uma cirurgia.
 
Reprodução
 
O procedimento, segundo o relatório do profissional, contou com gastos de anestesista e auxiliar cirúrgico, além das despesas médicas. O militar afirma que chegou a questionar o médico que, por sua vez, disse que se tratava de um “protocolo” e que a “Polícia Militar estava ciente”.
 
Por meio de nota, a PMDF explicou que a denúncia foi formalizada pelo policial. Acrescentou que todas as despesas médicas são auditadas pela empresa AITE, que faz vistoria no hospital, bem como o recebimento das notas fiscais.

A auditoria, de acordo com a corporação, é feita antes e depois da chegada das notas. Um médico do DSAP foi enviado ao Maria Auxiliadora para averiguar o caso. De acordo com a PM, o problema foi sanado, mas será investigado.
 
“Assim que a documentação relativa aos atendimentos chegar, a PMDF auditará tudo novamente e, se houver qualquer erro, será aberto procedimento administrativo de acordo com a Lei 8.666 (de licitações)”, informou a corporação.
Devido ao problema, a PMDF pede para que os militares tenham atenção ao receberem documentos nos hospitais e “orienta para que não assinem a guia de atendimento médico uma vez não concordando com os procedimentos relatados”, reforçou.
O hospital Maria Auxiliadora reconheceu que houve um erro, por parte do médico, ao preencher a guia de atendimento. A unidade explicou que o policial foi mais duas vezes ao hospital para fazer consultas e que se trata de um caso isolado: “Após análise do prontuário de atendimento, identificamos a existência de erro material apenas no lançamento do código correspondente ao tratamento efetivamente ministrado ao paciente, o que não representou qualquer dano à assistência, tampouco em cobrança indevida ou qualquer prejuízo ao plano de saúde”.

Plano de saúde

 Os policiais militares do Distrito Federal atendidos pelo convênio de saúde da corporação contam com apenas uma opção de hospital particular.
 
Isso porque o hospital Santa Helena, na Asa Norte, decidiu não renovar o contrato com a corporação no segundo semestre do ano passado. O Maria Auxiliadora atende 15,2 mil PMs da ativa, sem contar os da reserva e dependentes.
 

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