quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Com intestino e uretra perfurados no AC, empresário morre em SP após 27 dias de agonia


“Os médicos entregaram uma certidão de óbito e agora nós vamos querer que o hospital realize uma autópsia para saber o que causou a morte", disse o empresário George Pinheiro, tio da vítima

helano-800x600
Helano morreu ao doar rim para o irmão Heven; Ministério Público e família querem investigação
  
O empresário Helano Moniz morreu na noite desta terça-feira (29) no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, após 27 dias de agonia. Uma equipe médica do hospital entregou o atestado de óbito aos familiares que acompanhavam Moniz.
 
A agonia do empresário começou no dia 2 de setembro no Hospital das Clínicas de Rio Branco. Além do intestino perfurado pela equipe liderada pelo cirurgião Nilton Guiotti, o paciente também teve a uretra perfurada pela equipe de enfermagem durante transplante em que doava o rim para o irmão dele, Heven Moniz.
 
“Os médicos entregaram uma atestado de óbito e agora nós vamos querer que o hospital realize uma autópsia. Já falei com a esposa do Helano a respeito. Nós não sabemos o que causou a morte. Nós queremos saber o que aconteceu numa operação que resultou na morte do pai de duas crianças, que decidiu doar o rim para salvar a vida do irmão dele. Helano foi submetido a uma cirurgia e os médicos nunca deram nenhuma explicação à família”, afirmou o empresário George Pinheiro, tio de Helano.
 
Oito dias após a cirurgia no Hospital das Clínicas, Moniz teve que ser transferido em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) aérea para o hospital paulista  por causa de complicação durante o intraoperatório.
 
No dia que o empresário foi transferido, a superintendente do Hospital das Clínicas, Juliana Quinteiro, prometeu que o possível erro médico seria apurado. “Existe uma diferença entre erro médico e complicações intraoperatório” assinalou na ocasião.
 
O caso foi noticiado em primeira mão por ContilNet com base em relatos de familiares dos dois pacientes e de fontes da Secretaria de Saúde.
 
O Ministério Público do Acre determinou a abertura de inquérito policial para apurar se houve imperícia médica durante a cirurgia do transplante de rim.
 
A abertura de inquérito policial foi solicitada ao secretário de Polícia Carlos Flávio Portela Richard pelo promotor de Justiça Glaucio Ney Shiroma Oshiro, da Promotoria Especializada de Defesa da Saúde. Ele se baseou nas notícias de ContilNet sobre o caso para pedir a investigação.
 
O promotor de justiça disse que o inquérito policial vai apurar se houve erro, se foi uma fatalidade da própria cirurgia ou se foi em decorrência das condições clínicas do próprio paciente. “Isso vai ser delimitado durante a investigação do inquérito policial. Tanto que na requisição a gente delimita os fatos noticiados no portal e não a autoria”, ponderou Glaucio Oshiro.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário