terça-feira, 26 de janeiro de 2016

“Das coisas que me irritam”, ou “Vai trabalhar, vagabundo”

Médico reclamando do Estado e dos planos de saúde.
 
 
Eu confesso: desenvolvi um preconceito invencível contra médicos. Não gosto deles como categoria profissional — na verdade não é um simples desgostar, é desprezar, mesmo.
 
Poucas coisas me irritam mais que ver médico do Estado ou da Prefeitura, que na hora de prestar concurso faz fila de dobrar a esquina, se recusando depois a trabalhar e justificando sua canalhice profissional com a alegação de que os salários são baixos.
 
Fazem isso porque podem, porque contra o Estado tudo parece ser permitido.
 
Nas últimas décadas, com o surgimento do SUS, o Estado ampliou bastante a estrutura de saúde pública no país. Algumas cidades, como Aracaju, têm cobertura de quase 100%. Mas a ampliação da estrutura não significou necessariamente melhoria dos serviços, e o principal calcanhar de Aquiles do sistema público de saúde é justamente esse: a qualidade no atendimento.
 
O mundo está cheio de médicos que deveriam ser expurgados de profissão que se pretende tão nobre. Profissionais que não atendem direito os pacientes, gente que faz exames em 3 minutos sem sequer olhar para o doente à sua frente. Isso, claro, quando vão trabalhar, porque o salário do Estado é garantido, eles podem simplesmente faltar e cuidar de outros empregos.
 
Quando alguém tenta fazer esse bando de vagabundos trabalhar, a coisa fica feia. Recentemente, um hospital público de Aracaju instalou um sistema de biometria para checar a frequência dos médicos. Colocaram cola nos leitores ótico.
 
E quanto aos planos de saúde, que segundo eles pagam muito mal, é simples: basta ter vergonha na cara e evitá-los. Montem seu consultório. Mas não: eles precisam dos planos de saúde para fazer algum nome, conquistar alguma clientela.
 
Médicos me irritam por uma questão de dignidade, se não profissional, humana. Eu tenho a impressão de que eles acham que, porque estudaram por seis, sete anos, merecem tratamento diferenciado em relação ao resto da humanidade. Como se o trabalho real fosse a faculdade, e o resto da vida uma aposentadoria confortável.
 
 

Um comentário:

  1. não diria detesto todos os MÉDICOS,mas boa parte deles não merece meu respeito. Perdi meu filho 18 anos [esta no MOBEM]POR ERRO MÉDICO,NEGLIGENCIA,DESCASO EM UM PLANO DE SAÚDE. Estou na LUTA por JUSTIÇA E DEUS É FIEL VÃO SE ARREPENDER. MÃE DO GIO

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