terça-feira, 30 de agosto de 2016

Médico perito da Polícia Civil é preso suspeito de abusar de paciente na Baixada

Crime ocorreu durante uma consulta no Posto de Atendimento Médico em São João de Meriti



Rio - Um médico foi preso em flagrante por policiais civis da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, acusado de molestar uma paciente de 62 anos no Posto de Atendimento Médico (PAM) da Vila União, naquele município da Baixada Fluminense, na tarde desta sexta-feira. De acordo com os agentes, a vítima contou que, durante o atendimento, Lizeu Sales Vilardo, 67, encostou o pênis ereto nas costas dela. A idosa ainda revelou que o profissional colocou a mão dela no orgão genital dele.
 
"Isso é absurdo. Vim aqui para me consultar e o senhor está faltando respeito comigo", disse a vítima em depoimento na delegacia. Ela disse aos investigadores que deixou a sala correndo e que o suspeito ainda tentou conversar. Mas a idosa revelou o abuso ao marido, que procurou a polícia. Lizeu, que também é médico perito da Polícia Civil e trabalha no posto de Nova Iguaçu, foi conduzido para a especializada. Ele nega o crime.
 
No entanto, segundo a delegada Sandra Ornellas, titular da Deam de São João de Meriti, o fato fica comprovado após depoimento das testemunhas. Inclusive, uma médica que também trabalha no PAM da Vila União contou que recebeu diversas denúncias sobre o funcionário e orientava as pessoas a procurar a polícia. 
 
Lizeu foi autuado em flagrante no artigo 215 do Código Penal (ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima). O crime não cabe fiança e ele pode ficar na cadeia até seis anos, pena máxima. Ele vai responder a processo interno na corregedoria da Polícia Civil. No site do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) o registro dele está ativo. 
 
De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abrirá sindicância para apurar o caso. "A sindicância é a fase de apuração e precede o processo ético profissional. Em caso de condenação, as punições vão desde advertência confidencial até a cassação do exercício da medicina", explicou, em nota.
 
A reportagem ainda aguarda a resposta da Prefeitura de São João de Meriti.
 

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