Hoje, 29/08/2016, completa três
anos que a nossa irmã, engenheira da CHESF, URBÂNIA POSSIDÔNIO DE
BARROS CARVALHO teve sua morte selada por um ato criminoso, quando
submetida à cirurgia programada, para retirada de um mioma.
Um crime covarde, sem a mínima
chance de defesa por parte da vítima, que entregou sua vida nas mãos
do médico ginecologista e obstetra.
Sabemos que o erro é comum em
qualquer profissão, na medicina não seria diferente. Porém o
diferencial é atentar as queixas da paciente e o tempo de resposta
por parte do profissional de saúde.
Urbania, em vão, reclamou, pediu,
solicitou e até implorou por socorro, mas, além de não ser ouvida
em suas queixas, sequer tomou conhecimento da lesão que havia
sofrido em seu intestino.
O profissional que insistia em
tratar o caso como gases só percebeu seu erro quando um médico
plantonista, por iniciativa própria, chamou sua atenção após o
resultado de uma TAC de abdomen, depois de quase 48h. Já era
tarde!!!
Urbania ainda conseguiu ter uma
sobrevida, dentro de uma UTI, durante um pouco mais de 30 dias e
vindo a falecer no dia 08/10/2013.
Narrarei, abaixo, um pequeno resumo
dos 3 primeiros dias letais para a vida de Urbania juntamente com
alguns trechos do seu prontuário médico.
Em 29/08/2013 a engenheira da CHESF
Urbania Possidonio de Barros Carvalho, 47 anos, casada e mãe de dois
filhos, internou-se em hospital particular para se submeter a uma
cirurgia programada de histerectomia recomendada pelo ginecologista
obstetra, devido a um mioma que lhe causava
grande fluxo menstrual.
Ao término da cirurgia foi
encaminhada ao apartamento sem saber da lesão sofrida na alça
intestinal e liberada à dieta livre e laxante.
No mesmo dia queixou-se de dores
insuportáveis, tendo o profissional afirmado tratar-se de gases
e recomendado que continuasse a alimentação
e breves caminhadas.
No dia seguinte, com o quadro
bastante agravado - vomitando secreção escura, abdome extremamente
distendido e dolorido; falta de ar, sudorese - recebeu a visita do
médico acusado que continuou insistindo no diagnóstico de gases e
prescrevendo analgésico e antigases.
Por iniciativa do médico
plantonista, após dois dias de sofrimento da paciente, foi
solicitada a Tomografia Computadorizada do Abdome em que detectou-se
quantidade de líquido e gases livre na cavidade abdominal e
por telefone foi suspensa a dieta.
Informado do quadro grave o acusado
submete à vítima a outra cirurgia com cirurgião geral, onde
ocorreu bronco aspiração de fezes, precisando ser traqueostomizada
para então suturar a lesão do intestino.
Remetida a UTI em estado gravíssimo
a engenheira permaneceu e submeteu-se a outros 08 procedimentos
cirúrgicos até o óbito em 08/10/13.
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