quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Próteses falsificadas podem ter sido usadas em pacientes no RS

O Ministério Público está investigando o esquema criminoso.
Pacientes podem ter que refazer as cirurgias.
 
 
 
Mais um escândalo da máfia das próteses. O Ministério Público investiga um esquema criminoso: próteses de má qualidade, possivelmente falsificadas, foram usadas em pacientes do Rio Grande do Sul, que agora precisam refazer as cirurgias.
 
Uma cirurgia na coluna há oito anos deveria ter melhorado a vida do ex-pedreiro Jorge Correa Paz, em Canoas, mas ele ficou pior. A aposentada Rosalina Carvalho da Rosa, de Sapucaia do Sul, enfrenta o mesmo drama. Ela convive com as dores e teve que fazer uma nova cirurgia para retirar os parafusos da coluna.

O procurador da República Pedro Antônio Roso quer saber o que aconteceu com a dona Rosalina e o seu Jorge. A suspeita é que eles tenham sido vítimas de um esquema criminoso, clonagem de próteses. Os dois podem ter recebido implantes de procedência duvidosa. O número de registro das próteses que aparece nas notas fiscais não bate com os cadastros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. “Ou é falso o sistema da Anvisa ou é falso o produto que foi vendido pela empresa”, disse Roso.

Em 2013, o laboratório da Universidade Federal do Rio Grande do Sul concluiu um estudo, só agora divulgado, que examinou a qualidade de 213 implantes de quadril e joelho vendidos no Brasil. Foram encontrados problemas na fabricação de 27% das próteses; 62% dos implantes nacionais de quadril, por exemplo, tinham problemas no acabamento; 47% das importadas de joelho também apresentaram problemas.

A Anvisa garante que tomou providências depois da conclusão do estudo. Disse que aplicou multas e suspendeu produtos.

Duas CPIs foram instaladas no Congresso e uma na Assembleia Legislativa. Investigações foram abertas também pela Polícia Federal e pela Polícia Civil e o governo federal anunciou medidas para regular o setor. As empresas distribuidoras também se comprometeram a combater os esquemas.
O disque denúncia é de graça e você não precisa se identificar. Basta ligar para o 0800 741 0015.
 

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