A qualidade dos hospitais, laboratórios, médicos e profissionais vinculados aos planos de saúde será requisito para definir a dimensão dos reajustes pagos pelas operadoras para quem presta os serviços aos pacientes.
O
modelo, que deve valer a partir de dezembro para os estabelecimentos de saúde,
prevê conceder aumentos inferiores ao IPCA (índice oficial de inflação) para
quem não se enquadrar em alguns fatores de qualidade.
Hoje,
não há uma regra que determine que os hospitais precisam buscar esse tipo de
certificação.
Os
critérios ainda serão definidos em reuniões com entidades de cada categoria.
Uma
das sugestões iniciais já apresentadas, por exemplo, é definir a qualidade por
título de pós-graduação. Assim, especialistas receberiam 100% do índice, e não
especialistas, 80%, por exemplo.
Para
entidades médicas, a medida embute um modelo de "ranking" de
profissionais.
"É
muito difícil mensurar a qualidade de um profissional. Um médico com 100% de
cesariana [procedimento indicado só em casos específicos], por exemplo, pode
trabalhar só com gestação de alto risco. Vai ganhar menos?", compara
Márcio Bichara, secretário de saúde suplementar da Fenam (Federação Nacional de
Médicos).
MUDANÇA DE CULTURA
Oliveira
afirma que a diferença resultante da aplicação dos percentuais será pequena. No
caso dos profissionais, diz, a agência deve atuar mais como mediadora da
definição dos critérios de qualidade. "A ideia não é prejudicar ninguém, é
estimular [a busca por qualidade] e fazer as pessoas verem essas
informações."
Hoje,
há alguns desses fatores em "caderninhos" de planos de saúde com a
lista de prestadores de serviços, por meio de letrinhas. "Queremos tornar
isso mais visível."
FATOR DE QUALIDADE PARA REAJUSTE
Proposta
de que critérios de qualidade sejam considerados no índice de reajuste a ser
pago por operadoras de planos de saúde a hospitais, laboratórios, clínicas e
profissionais
Como
é a proposta
Ideia
é aplicar o IPCA, principal índice de inflação, e dar reajustes que variam
conforme a qualidade
Exemplo:
quem tiver 'selo' de qualidade terá reajuste de 100% do IPCA. Quem estiver no
meio do processo deve ter reajuste de 90%. Já prestadores sem certificado
receberão 80%.
Quando
vale
Deve
ser aplicado apenas como 'terceira via', nos casos em que não há um índice
pré-definido em contrato ou um acordo entre operadora e prestador de serviço
Impasses
Para
entidades, medir qualidade pode levar a ranking 'equivocado' de prestadores de
serviço
NÚMEROS DO BRASIL
Destas:
855
são de planos médico-hospitalares
332
são de planos odontológicos
PLANOS:
33.715 são médico-hospitalares
3.137
são odontológicos
USUÁRIOS:
50,5 mi pessoas têm planos de saúde
Dados
da ANS (dados até 31.ago.15), Fenam, Fehosp/Sindhosp e FBH
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