quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Bebê de 11 meses morre após cirurgia e pais denunciam erro médico

 


A Polícia Civil vai instaurar inquérito para investigar uma denúncia de erro médico que resultou na morte de um bebê de 11 meses no Hospital da Criança e Maternidade de Rio Preto.

O caso, registrado como homicídio culposo, foi denunciado pelos pais da pequena Ana Vitória, que foi submetida a cirurgia cardíaca no dia 19 de julho.

Eles contaram que são do estado do Acre e viajaram para Rio Preto para corrigir um defeito no coração da filha.

Ela foi internada no dia 14 de julho e a cirurgia foi agendada para o dia 20 com o dr Ulisses Croti, referência internacional em cirurgia cardíaca infantil.

Ocorre que o procedimento foi antecipado e a bebê foi operada por outro profissional.

Após o procedimento, ele se apresentou à família e, de acordo com a mãe de Ana Vitória, revelou que tinha sido a cirurgia mais difícil da vida dele. Demonstrando exaustão, chegou a se agachar no chão.

A bebê permaneceu internada para recuperação mas, 15 dias depois, precisou passar por nova cirurgia. O segundo procedimento foi realizado no dia 3 de agosto. O médico, dessa vez Ulisses Croti, teria dito que foi preciso corrigir o erro cirúrgico da válvula que ficou em cima de um nervo.

Neste domingo, os pais receberam a notícia que a filha não resistiu a uma parada cardiorrespiratória.

O caso será investigado pelo 5º Distrito Policial, que deverá solicitar o prontuário médico da paciente.

NOTA OFICIAL - HCM

O Hospital da Criança e Maternidade lamenta profundamente o falecimento, neste domingo, 19 de setembro, da paciente A.V.A.S. e informa que ofereceu aos familiares toda a assistência necessária.

O hospital compreende a dor da família, no entanto, sente-se na obrigação de informar que o todos os procedimentos foram realizados por profissionais especializados e altamente capacitados no atendimento e tratamento da patologia da paciente e que a equipe médica e multiprofissional adotou protocolos reconhecidos nacional e internacionalmente e de acordo com as normas ONA Nível 2, da Organização Nacional de Acreditação e Segurança do Paciente.

O hospital esclarece que, em respeito à ética que rege a relação entre médico e paciente e em cumprimento à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), não fornece informações sobre o atendimento, procedimentos realizados e o quadro clínico da paciente.

O hospital ressalta, no entanto, que, caso seja solicitado por autoridades públicas, irá colaborar para o esclarecimento dos fatos sobre o atendimento e tratamento da paciente.

O hospital faz questão de destacar, mais uma vez, que todos os seus profissionais ficam sempre consternados quando um paciente falece ou o caso clínico tem o desfecho que não é satisfatório.

É como toda a equipe que dedicou-se a cuidar da paciente A.V.A.S. sente-se neste momento.





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