sábado, 4 de setembro de 2021

Família de menino morto sob suspeita de intoxicação vai processar hospital

 Menino de 3 anos morreu 1 hora depois de traqueostomia, mas mãe relata descaso no atendimento 

Menino foi atendido no Hospital Infantil São Lucas na Capital. 

A família do menino que morreu sob suspeita de intoxicação alimentar, anunciou que vai processar o Hospital São Lucas, em Campo Grande, onde a criança foi atendida. A mãe não quis dar entrevista, mas em desabafo nas redes sociais, reclamou da demora de 3 horas até o atendimento e garante que houve descaso dos profissionais que receberam a criança.

Em comentários feitos pela mulher de 31 anos, o relato é de uma verdadeira "via sacra" para atendimento do menino de 3 anos na emergência do hospital, com momentos de falta de medicação e, inclusive, luz.

"Fomos atendidos em uma emergência. Médico fez Raio-X, indicou sinusite e passou inalação com adrenalina. Após isso saiu do plantão, sem ao menos indicar algo ou atender meu filho, que continuava com falta de ar", diz parte do texto.

Minutos após o 1º atendimento, a mãe conta que correu para a recepção para saber do profissional que tinha atendido o menino, mas foi informada que precisaria passar novamente a carteirinha do plano de saúde, já que o médico tinha saído do plantão e outro continuaria com o atendimento.

"Só queriam dinheiro. Após eu fazer um barraco, outro médico atendeu ele. Chegamos 12h e fomos atendidos por volta das 15h. Não fomos para outro hospital, porque tínhamos medo que algo acontecesse no caminho e/ou demorasse para fazerem outra triagem. Quando por fim o médico viu que era sério, começou a chamar todo mundo e colocar oxigênio e mais adrenalina", continua o comentário da mulher.

Depois disso, ela ainda conta que o médico pediu para enfermeira medicar a criança e a profissional informou que o medicamento estava em falta. Foi feito então, o pedido para subir o paciente para outro quarto com maior suporte, só que não haviam luzes no local.

Parte do comentário feito pela mãe em uma rede social. 

"Ele queria subir para outro quarto com suporte, mas a enfermeira disse que não enxergava e lá em cima não havia luzes. Ela sangrou meu filho todo tentando tirar sangue. A saturação dele estava boa, mas assustaram ele tentando furar a perna para por remédio, foi quando a respiração que já era quase nada fez com que ele tivesse ânsia para vomitar e a garganta trancou ai houve a parada cardíaca", termina o comentário a mulher.

Em outro comentário, ela ainda continua dizendo que só fizeram exames no menino após 3 horas da entrada no local e que ainda o hospital não teve nenhum cuidado para acalmá-lo enquanto era atendido.

"Assustaram meu filho, não tiveram cuidado de acalmá-lo enquanto ele se esforçava para viver. Houve sim uma bactéria gravíssima, mas as circunstâncias e o despreparo e descaso total agravou muito o quadro. Estávamos lá vendo meu filho lutar pela vida (...) iremos entrar com as medidas cabíveis para que o hospital se responsabilize pela dor prolongada, pelo nosso sofrimento e angústia de ouvir que não tinham estrutura e por omitirem socorro rápido", finaliza o desabafo.

A morte -  O menino morreu na quarta-feira (25), após ser levado para o Hospital. Ainda de acordo com a apuração, o menino acordou com vomito e febre, sendo levado para atendimento no meio da tarde, o quadro se agravou rapidamente e no início da noite, ele precisou passar por traqueostomia.

A causa da morte, ainda é mistério para a família. Mas conforme apurou o Campo Grande News, há cerca de 15 dias, o menino teve um episódio de reação alérgica após ingerir mortadela. Por isso, possibilidades de alergia ou intoxicação alimentar são investigadas.

Na ocasião, o Hospital informou que não comentária sobre o caso, posição que manteve na manhã deste domingo (29), quando foi procurado por telefone para comentar sobre o possível processo por parte da família.






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