domingo, 28 de fevereiro de 2021

Homem transferido do AM com Covid é levado por engano à enfermaria comum no RJ

 

No processo, dois pacientes que estavam no local foram contaminados e testaram positivo para o novo coronavírus


Um relatório da Secretaria Estadual da Saúde do Rio de Janeiro obtido pela CNN apontou falhas durante o socorro a um paciente transferido de Manaus para uma unidade, na capital fluminense, que é administrada pelo Ministério da Saúde.  


O documento relata que o doente foi encaminhado por engano para uma enfermaria não dedicada ao tratamento de Covid-19, e, no processo, dois pacientes que estavam no local foram contaminados e testaram positivo para o novo coronavírus. 


O paciente transferido da capital do Amazonas morreu por causa de complicações decorrentes da doença. 


A Secretaria Estadual da Saúde mantém investigações de rotina sobre a presença da nova cepa do novo coronavírus no estado, mas até agora ela não foi encontrada no Rio de Janeiro.  A variante está em circulação pelo Amazonas e é mais transmissível que a outra forma da doença.


Por conta disso, diversos países como Reino Unido, Portugal, Alemanha e Itália fecharam as fronteiras com o Brasil. 


A vistoria no Hospital dos Servidores foi feita dia 7 de fevereiro. Técnicos da Secretaria Estadual da Saúde investigaram as razões para um paciente oriundo de Manaus ter sido tratado em ambiente que não era restrito aos casos de Covid-19. 

A informação preliminar é de que o paciente foi levado por engano para a enfermaria 450 da unidade, que não é dedicada à Covid-19 e que é atendida por médicos residentes. 


No relatório, os técnicos informam que o rastreio de contatos dos pacientes ainda está sendo feito, e concluem que “falta interlocução entre os entes federal, estadual e municipal” durante as transferências de pacientes com o novo coronavírus do Amazonas para o Rio de Janeiro. 


“As equipes das unidades que estão recebendo pacientes com Covid-19 oriundos de Manaus devem elaborar um plano estratégico interno para apoio ao recebimento dos pacientes, onde conste forte interlocução entre as unidades do estado do Rio, inclusive a avaliação criteriosa quanto ao tipo de suporte existente no ato dos transporte dos pacientes”, sugerem os técnicos. 


Procurado, o Ministério da Saúde manifestou-se por meio de nota: "A direção do Hospital Federal dos Servidores do Estado informa que os residentes são médicos formados, e trabalham sob supervisão dos clínicos do plantão interno. Em relação ao estado de saúde do Sr. Gelson Freitas de Moraes, ressaltamos que ele era portador de comorbidades e encontrava-se com quadro grave de Covid-19 no CTI, evoluindo a óbito."


CNN Brasil



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