Dilma anunciou cadastro dos especialistas em cerimônia que marcou dois anos do Mais Médicos/ Elza Fiúza/ Agência Brasil/ Divulgação |
Já está no Diário Oficial da União desta quarta-feira (5/08), o Decreto 8.497, da Presidência da República, que cria o Cadastro Nacional de Especialistas. O banco de dados, que vai auxiliar os Ministérios da Saúde e da Educação na distribuição de vagas para residência médica e planejamento de ações para o SUS, reunirá informações do Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira, Agência Nacional de Saúde Suplementar e Comissão Nacional de Residência Médica. A expectativa é de que a nova fonte de informação ajude o governo federal a lançar o Mais Especialidades, promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff e ainda pouco visível nas discussões com a comunidade. Assessores do ministro Arthur Chioro, da Saúde, adiantam que estudos preliminares já apontam a oftalmologia e a ortopedia como áreas que necessitam de tratamento prioritário. Sabe-se que a cardiologia e a neurologia também são necessárias, considerando o envelhecimento da população.
Levar especialistas para os interiores e à periferia das regiões metropolitanas é um desafio tão grande quanto o da ampliação da cobertura da atenção básica, que fez o governo apelar à importação de médicos estrangeiros. Especialistas exigem maior apoio diagnóstico e, pelas leis de mercado, ganham mais que os das áreas básicas. No momento atual, de contenção de despesas, o governo federal vai precisar encontrar soluções conjuntas com Estados e municípios para definir o seu Mais Especialidades. Afinar o discurso técnico e político é o caminho, e a academia pode ajudar na construção de propostas. Produção de conhecimento serve para assessorar mudanças. Ouvir a comunidade também é fundamental. O decreto que cria o cadastro é apenas um começo, vai precisar de muitos acertos antes de se tornar realidade.
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