quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Um ano depois de ficar cego em consulta, homem teve vida mudada e espera Justiça

José teve o olho furado depois de uma limpeza com cotonete feita por médico

Sem poder trabalhar, José espera por justiça, já que o sustento da família parte dele
(Foto: Arquivo Pessoal)
 
Um ano depois de perder a visão em uma consulta médica, o tratorista José Chaves de Oliveira, 41 anos, convive com uma vida transformada e luta por Justiça. O caso aconteceu em julho do ano passado, quando um médico do Hospital Soriano Corrêa da Silva, em Maracaju, onde José vive, fez uma limpeza no olho direito dele com um cotonete.
 
De acordo com José, que hoje está desempregado por conta da rotina totalmente alterada, os ferimentos causados no olho durante a consulta foram comprovadas depois de um exame de corpo de delito realizado em instituto de perícia de Dourados, no mesmo mês do fato.
 
"Quando procurei o hospital estava com sintomas de conjuntivite. Me deitaram em uma maca, aplicaram um colírio anestésico, o médico fez a limpeza e colocou um tampão. Nos cinco dias seguintes, senti muita dor, procurei o hospital e só me passavam analgésicos", conta o tratorista.
 
A saga do paciente continuava e ele resolveu procurar a polícia da cidade para denunciar o suposto descaso. "Procurei a polícia de Maracaju e não pude realizar a perícia e as dores foram aumentando, então decidi ir a Dourados, registrei o boletim de ocorrência, fiz a perícia e o laudo comprovou lesão corporal grave com perda da visão", relata José.
 
Em um ano, o tratorista já passou por quatro cirurgias, três no Hospital São Julião de Campo Grande e uma na Santa Casa da Capital. Segundo ele, cirurgias são realizadas a cada dois meses e a probabilidade da visão voltar é baixa.
 
Sem poder trabalhar, José espera por Justiça, já que o sustento da família depende dele. "Eu estou sem poder trabalhar e o pessoal daqui não liga para nada", desabafa o tratorista que está há 12 meses em busca de uma solução.
 

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