sábado, 21 de março de 2020

Bebê de três meses morre e família acusa hospital de Indaiatuba de negligência

Através da assessoria de imprensa, a prefeitura afirma que  o Comitê de Mortalidade Infantil investiga o caso, mas a investigação ocorre em sigilo.



Uma criança de três meses veio a óbito na última sexta-feira, 6, em Indaiatuba (SP). A morte ocorreu nas dependências do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC). Segundo informações recebidas pelo Z1portal, o bebê foi atendido de início na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Morada do Sol, onde chegou com falta de ar. Em estado grave, a criança foi levada ao Haoc, onde sofreu seis paradas cardíacas. A família suspeita de erro médico, afirmou ao Z1portal, uma funcionária do hospital que não quis se identificar.

Através da assessoria de imprensa, a prefeitura afirma que  o Comitê de Mortalidade Infantil investiga o caso, mas a investigação ocorre em sigilo.

O Haoc também manifestou, leia abaixo na íntegra a nota do hospital.

“Como o caso tornou-se público pela procura da família à imprensa, podemos tecer alguns comentários.

O lactente foi admitido já em estado grave, dificuldade respiratória importante, vindo da UPA acompanhado de equipe profissional (médicos e enfermagem).
Neste hospital, devido a gravidade da restrição respiratória, foram tomadas as medidas de suporte ventilatório.


O lactente não tinha história de sinais e sintomas prévios a este episódio, segundo relato dos familiares, portanto, tratou-se de um quadro súbito sem pródromos de insuficiência respiratória aguda.

Foi realizado suporte ventilatório com entubação traqueal mas apresentava quadro de dificuldade por possível obstrução da via aérea, sendo solicitado traqueostomia.
Desde o momento da admissão neste hospital, a criança apresentou insuficiência respiratória grave progressiva com 6 episódios de parada cardiorrespiratória, que foram revertidas com as manobra médicas.


Mesmo com o suporte respiratório e com a medidas de intervenção na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, apresentou evolução desfavorável, rápida e progressiva da insuficiência, e ainda, complicações graves e importantes como pneumotórax, que também foi tratado conforme as medidas médicas necessárias.

A possível vinculação da parada cardiorrespiratória final, que levou ao óbito, com a intervenção cirúrgica de retirada do ar dos pulmões, não tem sustentação clínica.
Tratava-se de um caso muito grave, já tinha 6 episódios de parada cardíaca revertidos, e por consequência da evolução rápida e progressiva da insuficiência respiratória, a criança não respondeu às medidas de ressuscitação do coração, evoluindo ao óbito.


Não foi o procedimento cirúrgico de retirada do ar da pleura (pneumotórax) que levou a parada cardíaca, pelo contrário, a drenagem do pneumotórax é que daria a chance de uma nova reversão da parada cardíaca, mas o quadro da criança era progressivo.
Ressaltamos que o corpo foi enviado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO), instrumento que evidenciará mais especificamente a causa que levou todo este quadro grave e fulminante.


Já foi admitida neste hospital em quadro gravíssimo, necessitando ventilação (respiração) mecânica, medidas que foram efetivas em reverter 6 paradas cardiorrespiratórias, mas que infelizmente, dada a natureza do quadro, evoluiu ao óbito”.
A diretoria



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