Ele morreu logo após o parto; Hospital de Navegantes nega qualquer falha e diz que prestou todo o atendimento necessário à gestante
Os pais do bebê, Mitali e Lucas querem justiça |
A família de um bebê que morreu logo após o parto no dia 18 de fevereiro, no Hospital Pronto Socorro de Navegantes, aguarda apenas a liberação do prontuário médico para processar a instituição por negligência médica. O documento deve ser liberado nesta sexta-feira (28).
A avó do bebê, Sônia Maria Rodrigues, 55 anos, diz que a família já registrou um boletim de ocorrência e vai reunir mais materiais para provar que os médicos falharam. “Outro documento que estamos esperando é a análise da placenta. Mas houve negligência médica. Eles demoraram muito para decidir pela hora de fazer o parto”, acusa.
Sônia contou que a filha Mitali Roberta de Lima, de 29 anos, chegou no hospital a 1h da manhã de terça-feira (18) e, após muito sofrimento e dor, só foi para o centro cirúrgico às 8h30. “Os médicos disseram que ela teve infecção na placenta e, por isso, o bebê morreu minutos depois de nascer. Mas no último pré-natal ela estava bem”, diz a avó.
O bebê, com o nome de Iuri Micael de Lima Rodrigues e com quase quatro quilos, foi sepultado às 10h do dia seguinte (19/2), no cemitério de Gravatá, em Navegantes.
Sônia diz que a filha está muito abalada e garantiu que vai entrar com uma ação judicial contra o hospital. “Quero justiça!”, clama.
Sônia relata que a filha estava com 39 semanas de gestação e com muita dor, porém sem dilatação para ter parto normal. Mesmo assim, segundo ela, os médicos insistiram em esperar para tentar parto normal. A causa da morte, conforme o atestado médico, foi parada cardiorrespiratória.
Ela lembra que a filha já perdeu um bebê há 11 anos no mesmo hospital. Naquela ocasião, o bebê morreu por asfixia. Mitali tem outros dois filhos, um de 13 e outro de 5.
Contraponto
Por meio de nota, o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, informou que as informações da família não condizem com a verdade. Segundo o documento,
a paciente internou em trabalho de parto, relatando contrações.
“Foram realizados exames iniciais e orientado que permanecesse na unidade para realização de parto normal, sem qualquer indução. Após ser reavaliada e novos exames serem realizados, foi indicado parto cesariano por parada de progressão. O bebê nasceu respirando, porém passado alguns minutos teve uma parada cardíaca e enquanto aguardava a chegada do Samu para transferência ao hospital referência veio a óbito. Todo o atendimento foi prontamente avaliado pela equipe médica e identificado que não ocorreram falhas, este seguiu rigorosamente os protocolos do ministério da saúde e as rotinas da especialidade obstétrica. Lamentamos a maneira que o triste episódio foi divulgado. O hospital se solidariza com a família e coloca-se à disposição para mais informações.”
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