quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Absurdo! Grávida de 8 meses conta que ficou dias com gêmeas mortas na barriga e denuncia hospital

 A família no Rio de Janeiro, está acusando Hospital Universitário Antônio Pedro que pertence à Unidade Federal Fluminense (UFF) de negligência médica



Uma família no Rio de Janeiro, está acusando Hospital Universitário Antônio Pedro que pertence à Unidade Federal Fluminense (UFF) de negligência médica, após uma adolescente, de 16 anos, que não teve a identidade divulgada, ficar com bebês mortos dentro da barriga.

Desde a última sexta-feira, 20 de novembro, a jovem que estava grávida de 36 semanas de gêmeas e, começou a notar que a barriga estava ficando mais dura e não sentia mais a movimentação das bebês. Então, no domingo, 22 de novembro, ela decidiu ir ao hospital, para realizar exames.

Em conversa com a Universa, os familiares deram mais detalhes de como tudo aconteceu. “No domingo ela já estava muito preocupada. Chegando ao hospital, ela fez um exame para checar como estavam as bebês. O médico falou que conseguiu escutar apenas o coração de uma das filhas, porque, segundo ele, o coração da mãe não permitiu escutar o coração da outra criança. Mesmo assim, ela foi liberada e o médico recomendou que ela fizesse um ultrassom por conta própria e retornasse no dia seguinte”, afirmou uma parente da jovem, que também pediu para não ser identificada.

Após ser liberada, a adolescente sentiu fortes dores e decidiu voltar ao hospital. “No mesmo dia, no domingo à noite, ela sentiu uma dor muito forte e voltou ao hospital. Na segunda pela manhã, recebemos a notícia que nos deixou muito abalados. Eles nos contaram que as bebês estavam mortas desde sexta-feira [20 de novembro], justamente no dia que ela sentiu que havia algo errado. Como pode? Ele não fez nenhuma observação, disse que estava tudo bem e que ela podia ir embora [na ocasião]. Você entrar em um hospital com um bebê morto dentro de você e eles não conseguirem identificar… isso para mim é descaso ou burrice”, disse a familiar.

Estado de saúde

Após o ocorrido, a familiar também contou que a jovem está internada na unidade. Como ela estava com pouca dilatação e, de acordo com os médicos, eles não realizariam cesariana, somente hoje (24 de novembro) conseguiram retirar as gêmeas. “Ela ficou segunda e terça no hospital, em nenhum desses dois dias ela teve dilatação. Ela chegou a 3 cm de dilatação hoje e não sei como ela conseguiu entrar em trabalho de parto”, afirmou a mulher.

A família segue aguardando notícias do estado de saúde da menina. “Como não pode ter visita, ficamos sempre esperando por notícias. Eu sinto que o hospital está tirando o dele fora, dizem que não foi negligência, disseram que é normal o que aconteceu. Para amenizar a situação, eles disponibilizaram uma assistente social que vai oferecer o caixão para poder enterrar as meninas. Algumas enfermeiras chegaram a explicar que, quando a criança fica muito tempo dentro da barriga da mãe, dá uma infecção no sangue. Agora, imagina, elas já estavam mortas desde sexta”, conta.

Família abalada

A mulher contou que todos da família, estão completamente abalados com o que aconteceu. Ela disse ainda que, assim que as coisas acalmarem, a família vai procurar a Defensoria Pública. “Os dois, as mães deles, nós todos estamos destroçados. A mãe dela viu as crianças sendo retiradas. Foi uma cena muito chocante. Agora, eles estão recebendo esse apoio psicológico do hospital, porque ela ainda está na maternidade, vendo todas as mães saindo com os filhos e ela nem chegou a ver nenhuma delas”, disse.

Ela ressaltou que a jovem e o companheiro estão muito abalados. “Eles não param de chorar. Nesse momento, ninguém consegue falar com ninguém. O que nos alivia é que ela não sofreu nada, nenhuma infecção. A placenta saiu inteira, então, até agora, ela não corre risco. Os médicos fizeram exame de sangue e está tudo certo”, afirmou a mulher.

Ainda de acordo com os parentes, os médicos disseram que não fizeram a cirurgia pois o útero da menina estava alto e, se fizesse um corte, correria o risco de ela não conseguir ter outro filho futuramente. A Uol procurou  a direção da unidade, mas eles  ainda não se manifestaram sobre o ocorrido.

Paisefilhos


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