Segundo a família, queda aconteceu quando motorista da ambulância retirava idosa da maca para colocá-la no quarto. Ficha hospitalar diz que Rosália Machado teve traumatismo craniano.
Dona Rosália tinha 93 anos
Uma idosa de 93 anos morreu em Paranaguá, no litoral do estado, após cair de uma maca, bater a cabeça e sofrer traumatismo craniano. A queda aconteceu quando ela chegava em casa, transportada logo após ter recebido alta de um internamento por infecção urinária.
A vítima é Rosália Martins Machado. A filha, Ana Lúcia Machado, contou que a mãe recebeu alta da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Paranaguá em 23 de fevereiro. Por ter dificuldade de locomoção, a idosa foi transportada para casa por um motorista da unidade, que estava sozinho na ambulância.
Ana Lúcia Machado e a mãe, Rosália
Ana conta que a queda aconteceu dentro de casa, quando Rosália era levada da sala para o quarto pelo motorista.
"Ela bateu a cabeça aqui [escrivaninha] e daí veio para o chão. Aí ele levantou ela, colocou na maca novamente e aí fomos até o quarto. Não era para ele pegar e dizer 'não, Ana, eu derrubei ela, vou por ela na maca novamente e levar pro UPA?'. Foi uma batida na cabeça. Mas ele não fez isso".
A filha contou que após a queda, Rosália começou a apresentar dificuldade na fala e perda de memória, momento em que a família a levou ao hospital. Ela foi internada em estado grave e morreu em 27 de fevereiro.
Ana Lúcia Machado, filha de Rosália
Na ficha hospitalar do Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi registrada como queda de nível, com diagnóstico de traumatismo craniano com hemorragia intracraniana.
Investigação
A Polícia Civil (PC-PR) começou a investigar o caso para apurar as circunstâncias do transporte de Rosália, mas não deu detalhes.
A família contesta, entre outros pontos, porque o motorista estava sozinho e, também, porque não propôs de levar a idosa de volta a UPA após a queda.
O coordenador da Sala de Situação da Secretaria de Saúde de Paranaguá, Geanfrank Julian Tambosetti, defendeu que o transporte de Rosália, feito apenas pelo motorista, aconteceu dentro da normalidade.
Geanfrank Julian Tambosetti, coordenador da Sala de Situação da Secretaria de Saúde
“No caso desta senhora, ela já estava de alta. Não havia uma demanda de serviço para outro sistema de saúde. Então basta que o motorista a leva-la para a residência”.
Ainda segundo Tambosetti, o motorista foi ouvido, admitiu a queda de Rosália, mas disse que não houve batida no crânio. Falou, também, que ela estava presa na maca por um sinto de segurança.
O homem ficará afastado das funções até o final da investigação, que também está sendo apurada internamente por sindicância da Secretaria de Saúde.
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