domingo, 18 de dezembro de 2022

Após paciente morrer, Proncor "nega" prontuário à família

 

Filha de Zilair faz acusações contra o hospital; Após contato do JD1, hospital diz que "vai entregar" documento


Dona Zilair faleceu há um mês em Campo Grande 

A família da idosa Zilair de Carvalho, de 73 anos está lutando contra um possível descaso hospitalar que resultou na morte dela no dia 11 de novembro deste ano. Ao JD1 Notícias, a filha da vítima, Nadir Capristano, contou que o Hospital Proncor se nega a entregar o prontuário médico.

Conforme a assistente social, a mãe dela passou por uma cirurgia de coração no dia 1° daquele mesmo mês. Já bem, no CTI (Centro de Terapia Intensiva) pós-cirúrgia, um ‘residente de neurocirurgia’ teria aplicado um sedativo em Zilair, começando ali o desespero da família.

“Ela estava bem, conversando. Mas idoso não para e eu conhecia minha mãe, falava alto mesmo, xingava. Durante o plantão noturno, esse rapaz deve ter aplicado o sedativo para ela ficar quieta, mas o remédio fez a pressão dela cair para zero”, explica.

O residente teria então iniciado manobras de reanimação, que resultaram na necessidade de uma segunda cirurgia em Zilair, desta vez no estômago. O motivo? A cânula de intubação acabou indo para o esôfago da vítima, no decorrer do processo, isso fez com que ela tivesse sérias complicações.

“Tenho parentes que são médicos, meus filhos estudam medicina. Todos sabem que não pode dar sedativo para quem acabou de sair de uma cirurgia. Ela teve que fazer essa segunda operação e depois disso ficou internada por 10 dias”, conta Nadir.

Em seu último dia de vida, já no dia 11 de novembro, Zilair foi submetida a mais um erro médico do hospital, segundo a família. A colocaram para fazer hemodiálise, conforme a filha, sem necessidade, uma vez que a mãe havia voltado a ficar bem. “Fui visitá-la e cheguei a falar ‘oi mãe’. Ela abriu o olho para mim. Já estava sem a intubação e tudo, nem precisava mais da hemodiálise, mas ela fez mesmo assim”, relata Nadir com a voz embargada de choro.

Neste dia, a idosa sofreu três paradas cardíacas e acabou falecendo. Desde então a família luta para conseguir o prontuário médico no hospital, mas vem sendo ‘enrolada’. Hoje, Nadir está no Proncor para tentar mais uma vez obter os documentos, porém, eles alegam que ela levará apenas a “parte que eles encontraram” dos registros.

“Como assim apenas uma parte? Por que não tem o documento completo? Era passado de mão em mão a ponto de não ter mais os papéis? Eles estão lá dentro de uma sala procurando, mas até agora não tivemos uma resposta concreta”, finaliza.

Ainda de acordo com Nadir, a diretoria da rede hospitalar está ciente dos erros médicos que resultaram na morte de sua mãe.

O que diz o hospital – Por meio de nota encaminhada ao JD1, o Proncor disse que houve uma demora na impressão do documento e que o mesmo será disponibilizado a família ainda hoje.

"Houve uma demora na impressão do prontuário, porque ele fica dividido em várias partes, em vários setores. Porém a administração já está disponibilizando para a família hoje mesmo."


JD1 Notícias




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