A família de Antônia Valdirene Policarpo, de 41 anos, denunciou a equipe médica do Hospital das Clínicas, de Primavera do Leste (231 km de Cuiabá), após os profissionais submeterem a mulher a trabalho de parto por mais de 40 horas e o bebê não ter sobrevivido.
De acordo com informações do Programa do Pop, da TV Cidade Verde, a mulher foi inicialmente para Unidade de Pronto Atendimento (UPA). De lá foi encaminhada para o Hospital das Clínicas. Na unidade de saúde, o médico plantonista não teria aceitado a opção da mãe, diabética a ter o parto cesárea. No entanto, quando as horas foram passando, a situação foi ficando cada vez mais complicada.
Em entrevista, o marido de Antônia, Maciel dos Santos, afirma que o médico foi negligente. “Se ele tivesse cumprido com suas obrigações, ele teria feito a cesárea e poderia ter sido com sucesso, mas infelizmente ele induzia a minha esposa a fazer o parto normal e ela não conseguiu e meu filho veio a óbito”, afirma o pai, bastante indignado.
A filha de Antônia, Viviane Policarpo, explica que a equipe médica ria da situação enquanto a mãe pedia ajuda. “Ela ficou roxa, ficou pedindo socorro, para ajudar ela. Ela ficou falando, filha eu vou morrer, eu vou morrer eu quero ajuda. As médicas vinham e ficavam rindo da cara dela e falavam pra ela calar a boca, você tem que gritar, tem que fazer força. Ela dizia eu esqueci e eles ficavam rindo”, relata a filha.
Ainda, segundo a emissora de televisão, em meio a tanta angústia e dor, Antônia desmaiou e somente nesse momento a cesárea foi feita. O bebê que se chamaria Levi não resistiu e morreu logo em seguida.
Segundo a família, essa não seria a primeira vez que Antônia foi vítima de negligência e por isso alertaram a equipe médica que ela não poderia passar por uma cesariana mas, os avisos foram ignorados. Além da morte do bebê, Antônia teve o útero retirado, sem ser consultada.
Antônia foi enviada para unidade de saúde particular pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em nota, a unidade informou que a Comissão de Óbito foi instaurada para verificar como foi o atendimento. Uma junta médica também foi instaurada e deve analisar o caso. Porém, a unidade ressalta que os procedimentos seguiram a literatura médica.
Fonte: Folha Max
Nenhum comentário:
Postar um comentário