Indignado com a situação, o pai da criança teria quebrado um vidro de uma porta do hospital. A Secretaria de Saúde do município nega ter havido negligência médica e em nota ressaltou sua versão de como teria sido os atendimentos
Uma criança de apenas 3 anos de idade morreu nesta quarta-feira (14) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Valentina de Figueiredo, na zona sul de João Pessoa. Conforme a família, a criança teria sido atendida duas vezes na unidade antes de morrer e o óbito teria sido em consequência do mal atendimento.
De acordo com as informações dos familiares, o pequeno Pietro Feitosa teria tido febre na segunda-feira (12) e na terça (13) pela manhã ele foi atendido por um médico no Hospital do Valentina, o qual, após consultar a criança, teria relatado que se tratava de um quadro de diarreia, febre e vômito. O paciente foi atendido, medicado e por volta das 14h liberado.
Segundo a família, já no turno da noite da última terça-feira (13) o menino teve uma piora e por volta das 2h da madrugada, novamente foi conduzido ao mesmo hospital, sendo que no início da manhã foi encaminhado à UTI e devido ao agravamento do caso, o pequeno Pietro teve uma parada cardiorrespiratória e morreu por volta das 10h desta quarta-feira (14).
A equipe médica teria alegado que a criança apresentava um quadro de desidratação e hipoglicemia.
Indignado com a situação, o pai da criança teria quebrado um vidro de uma porta da unidade de saúde.
A criança foi sepultada ainda nesta quarta-feira (14) e os familiares pedem que seja feita Justiça, porque segundo eles, houve negligência médica.
O pequeno Pietro tinha apenas 3 anos de idade – foto: reprodução/redes sociais
NOTA DA SECRETARIA DE SAÚDE
A Secretaria de saúde de João Pessoa nega ter havido negligência médica e em nota ressaltou sua versão de como teria acontecido os atendimentos. Veja na íntegra:
A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que o paciente P. F. de 3 anos e 7 meses, deu entrada no Hospital Infantil do Valentina, na manhã da terça-feira (14), com quadro de febre, diarréia e vômito.
Foi atendido, avaliado clinicamente e fisicamente pelo médico da Urgência, que também solicitou exames de laboratório e prescreveu medicamentos sintomáticos, além da hidratação venosa.
Após as medicações e hidratação, o paciente apresentou melhora, foi liberado e a família recebeu a orientação de retornar ao Hospital, caso alguma piora fosse apresentada.
Cerca de 10 horas depois, o menor retornou à unidade com desidratação e hipoglicemia, sendo novamente atendido pela equipe médica da Urgência, que optou pelo internamento clínico.
Como o paciente não apresentou melhora, foi transferido para a UTI pediátrica, onde foi entubado e medicado. Algumas horas depois, teve uma parada cardiorrespiratória, diante da qual foi realizada a reanimação durante aproximadamente uma hora, porém sem retorno, sendo constatado o óbito por choque séptico refratário.
A família foi acolhida pela equipe multiprofissional, que segue prestando a assistência necessária e se solidariza com a família neste momento delicado e de tamanha dor.
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