Homem de 62 anos estava internado para tratamento de câncer na garganta, mas teria morrido na noite de ontem: empresa de serviços póstumos do Vale São Patrício avisou família que José Ribeiro da Silva não havia falecido
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Aparecida Ribeiro disse, na Delegacia da Polícia Civil da cidade do Vale do São Patrício, ter recebido uma ligação do hospital avisando-lhe da “morte” de seu irmão – José Ribeiro da Silva, de 62 anos – na noite desta terça-feira/29.
Porém, cerca de cinco horas depois, o funcionário de uma funerária da cidade onde ela reside telefonou – bastante assustado – para Aparecida, dando conta de que José Ribeiro estava, na verdade, respirando e com vida.
Nesse período – entre a transferência do “corpo” e o contato da funerária – o irmão de Aparecida teria ficado impressionantes 5 horas dentro de um saco plástico usado para transporte de cadáveres.
A descoberta da doença foi em fevereiro deste ano e, desde então, o paciente fazia tratamento quimioterápico no HCN. A última internação dele havia ocorrido na quarta-feira (23).
Dois dias depois, ele foi submetido a uma traqueostomia e estava se alimentando por sonda, tendo apresentado piora em seu quadro clínico na sexta-feira/25.
Desde então, Aparecida começou a suspeitar da medicação que estava sendo dada a seu irmão, que apresentava dificuldades para respirar.
Ela chegou a pedir para a equipe médica que interrompesse tal tratamento, o que lhe foi negado, sob a alegação de que José Ribeiro sentisse dores ainda mais intensas. Aparecida disse que o irmão aparentava estar em delírio.
Ao voltar da capelinha do hospital, percebeu que o HCN transferiu seu irmão para um outro quarto.
No domingo (27) e na segunda (28), José Ribeiro estava entubado sedado, mas sem alteração na pressão arterial, segundo Aparecida.
Posteriormente, na noite de ontem, ela foi chamada ao HCN onde o médico e um assistente social comunicaram-lhe a morte de seu irmão, às 20h12, tendo assim recebido a “Declaração de óbito” detalhando que José Ribeiro havia sofrido um choque séptico; e que o “corpo” havia sido enviado para a funerária tomar as providências de praxe nessas ocasiões.
Uma vez desmentida a morte pela funerária rialmense José Ribeiro foi novamente internado, desta vez no Hospital Municipal da cidade, que dista cerca de 100 quilômetros de Uruaçu.
A mulher disse que seu irmão estava gelado e que vai cobrar Justiça pelo erro médico, classificado como “covardia” por Aparecida. O caso foi registrado na Polícia Civil de Rialma, mas será encaminhado para Uruaçu.
NOTA OFICIAL DA SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE
“A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) esclarece que o Hospital Estadual de Uruaçu tomou conhecimento dos fatos hoje pela manhã.
O médico foi imediatamente afastado e uma sindicância instaurada para apurar o ocorrido.
O diretor técnico do hospital foi para Rialma, cidade do paciente que está em tratamento paliativo oncológico no Hospital, para prestar assistência ao mesmo e aos familiares.
A SES-GO lamenta profundamente o ocorrido e informa que a direção do HCN está dando todo o suporte ao paciente e familiares, e tomará todas às medidas cabíveis”
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