Mesmo sentindo dores, gestante com gravidez de 8 meses foi liberada por três vezes da unidade, diz mãe. Prefeitura afirma que vai apurar circunstâncias. É o 2º caso em três meses.
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| Polícia investiga denúncias de negligência contra a Santa Casa de Igarapava, SP |
Uma família acusa a Santa Casa de Igarapava (SP) de negligência médica após uma gestante perder o bebê durante um parto na noite de quinta-feira (19).
Mesmo sentindo dores por causa de uma infecção urinária e febre, a dona de casa Letícia Aparecida da Silva, que estava grávida havia 8 meses, foi liberada da unidade por três vezes entre a quarta-feira (18) e a quinta, segundo a mãe dela, Ana Karina da Silva.
Ao retornar, a gestante ficou sangrando por quase três horas até ser colocada no centro cirúrgico, ainda de acordo com Ana.
"Se eles tivessem feito como fizeram na quarta-feira, tinha dado tudo certo. Estava tudo pronto, berço. O que fica é só a esperança, e nada disso aconteceu. Foi uma injustiça", diz Ana Karina, que também é dona de casa.
A Santa Casa de Igarapava é gerida pela administração municipal. De acordo com Luiz Carlos Vergara, secretário municipal da Saúde, a Prefeitura vai apurar as circunstâncias do caso.
"Nós temos que levantar todo o material que envolve a gestante. Isso já está sendo feito. Agora vamos levantar o prontuário dela dentro da Santa Casa", afirma o secretário.
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| A Santa Casa de Igarapava, SP |
Internação
Letícia já havia decidido o nome do filho: Pyetro Henrique. Atualmente, ela se encontra internada na unidade. O estado de saúde não foi divulgado.
"Ela tomou três bolsas de sangue e não tem previsão para alta. Acho que não seria possível porque estava tomando sangue. Mas deve receber alta amanhã [sábado, 21]", diz a mãe de Letícia.
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| Ana Karina da Silva, mãe de mulher que perdeu bebê na Santa Casa de Igarapava, S |
2º caso em três meses
Essa é a segunda denúncia de negligência médica movida contra a Santa Casa de Igarapava desde outubro do ano passado. Na ocasião, uma mulher disse que perdeu o filho em circunstâncias parecidas durante o parto.
Nara Thaís Rangel conta que foi liberada da unidade por duas vezes, mesmo enfrentando fortes dores.
"Vim duas vezes e tinha sangramento. [O médico] falou que podia ser uma infecção na primeira vez, e na segunda vez não falou nada. Está sendo muito difícil, uma luta atrás da outra", relata Nara.
A Polícia Civil disse ter instaurado inquérito para investigar o crime de omissão de socorro. Já em relação ao último caso, afirmou que abrirá investigações para apurar as circunstâncias.
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