Houve demora na prestação de socorro, disse um dos filhos de dona Maria Aparecida
Família alega que Maria Aparecida foi agredida no hospital psiquiátrico
Uma mulher, identificada como Maria Aparecida, de 58 anos, que era moradora de São Sebastião, no Agreste alagoano, morreu no último sábado (21), após ter sido supostamente agredida no Instituto Theodora Albuquerque (ITA), em Arapiraca. A alegação é de Talvane Luís, um dos filhos da vítima, que estava internada há cerca de três meses no hospital psiquiátrico.
De acordo com a denúncia, a família foi informado de que dona Maria Aparecida havia dado entrada no Hospital de Emergência do Agreste, mas recebeu alta pouco tempo depois, retornando ao ITA.
“Por volta das 5h, minha irmã ligou para o hospital e pediu para ir ver nossa mãe, mas os funcionários informaram que não havia necessidade e que ela retornasse na segunda-feira, que seria o dia da visita. Acredito que eles tentaram encobrir a lesão que minha mãe estava na cabeça”, disse Talvanes.
Momentos depois, uma outro funcionária do ITA entrou em contato com a filha de dona Maria Aparecida e recomendou que ela fosse rapidamente até o hospital porque sua mãe estaria passando mal e que arrumasse uma ambulância para poder levá-la para outra unidade de saúde, tendo em vista que lá não teria a assistência necessária.
Dona Maria Aparecida deu entrada no Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, onde veio a óbito na tarde do sábado.
Ainda segundo o denunciante, o hospital informou que a causa da morte teria sido ataque cardíaco. Já no prontuário do Hospital de Emergência consta que Maria Aparecida apresentava lesões e deformações no rosto.
“Fomos até o IML de Arapiraca e nos registros ficou constatado causa da morte indeterminada”, contou Talvane.
A família de Maria Aparecida acredita que ela morreu por negligência, tendo em vista que, segundo seu filho, houve demora na prestação de socorro.
Tendo em vista a causa da morte apresentada pelo Hospital Regional ter sido ataque cardíaco, o Portal 7Segundos entrou em contato com a assessoria de comunicação da unidade de saúde para saber detalhes sobre o ferimento na cabeça de dona Maria Aparecida, mas também não obteve retorno.
O Portal 7Segundos entrou em contato com a Associação Psiquiátrica Teodora Albuquerque através de e-mail disponibilizado e foi informado de que o ferimento foi provocado por uma queda da própria altura. Em nota, o nosocômio lamentou profundamente a morte da paciente e ratificou que toda atenção médica foi dada à paciente. Confira a resposta na íntegra:
Sobre as circunstâncias da morte de uma paciente Maria Aparecida, a Associação Psiquiátrica Teodora Albuquerque vem esclarecer que a mesma estava internada neste nosocômio quando, em razão de uma queda da própria altura, começou a passar mal durante a madrugada de sexta (20/01) para o sábado (21/01), por volta de 02:00 da manhã.
Informamos que o primeiro atendimento se deu na unidade de cuidados clínicos deste hospital especializado, mas diante da necessidade de cuidados hospitalares específicos a paciente foi rapidamente encaminhada para o Hospital de Emergência do Agreste, através da USA do SAMU (após solicitação da equipe de plantão do ITA), onde foi atendida e liberada por volta das 07:00 da manhã do mesmo dia 21/01, oportunidade na qual a família foi informada do ocorrido.
Com o retorno da paciente, liberada pelo HEA, as dependências do ITA, os profissionais da equipe médica avaliaram que o quadro da paciente ainda inspirava cuidados de um hospital geral, razão pela às 10:00 da manhã do mesmo sábado a família foi informada que a paciente seria encaminhada para o Hospital Nossa Senhora do Bom Conselho, Hospital Regional, a fim de lá receber os cuidados necessários. Contudo, infelizmente, veio a falecer no mencionado hospital geral.
Ademais, por oportuno, esclarecemos que desde o primeiro instante a equipe do ITA prestou os primeiros atendimentos e fez os encaminhamentos necessários, sempre informando a família dos procedimentos adotados.
Por fim, lamentamos profundamente o ocorrido.
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