Após as notícias de que o médico anestesista Andres Eduardo Oñate Carrilo estava sendo investigado por crimes contra a dignidade sexual de pacientes, a família de uma criança procurou a Delegacia da Criança e do Adolescente, na última terça-feira, para relatar que embora não tenham provas do cometimento de algum tipo de assédio, a criança ficou sozinha por algumas vezes com o anestesista no quarto do hospital.
Anestesista confessa a prática de crimes
Andres Carrilo é um médico anestesista, de 32 anos, que foi preso na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na última terça-feira (16), acusado de estuprar pacientes durante cirurgias, além de gravar as cenas de abuso.
O caso está sendo investigado pela Polícia carioca desde dezembro de 2022, após o compartilhamento de informações pelo Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil (Secopi) da Polícia Federal.
Além dos crimes de estupro, Carrilo também responde por produção e armazenamento de cenas de abuso infantojuvenil.
Segundo as autoridades policiais, foram encontrados mais de 20 mil arquivos com imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes nos computadores do anestesista. Entre as imagens, havia registros que incluíam bebês com menos de 1 ano de idade.
O médico confessou a autoria dos crimes de estupro e de armazenamento de pornografia infantojuvenil, porém alegou nunca ter abusado de crianças, apesar de satisfazer sua libido vendo imagens e vídeos tanto de meninas como de meninos.
Segundo a autoridade policial responsável pelo caso, durante o depoimento, o médico confessou que esperava a “melhor hora [momento em que estava sozinho] e aproveitava” para “esfregar seu pênis nas pacientes”.
Polícia ouve colegas de trabalho de Carillo
Depoimento de colega de trabalho
A polícia também ouviu na última terça-feira, uma anestesista que trabalhou com Carrilo. A médica foi intimada para falar sobre o suposto abuso de uma paciente no Hospital Estadual dos Lagos, no dia 5 de fevereiro de 2021
De acordo com a médica, Carrilo auxiliava nas cirurgias do dia e, embora estivesse com atendimentos marcados com pacientes masculinos, acabou substituindo um outro anestesista para atender a mulher, vítima do abuso. De acordo com a médica, é comum que essas substituições aconteçam ao longo da jornada de trabalho, assim como é de praxe que anestesistas e pacientes fiquem a sós.
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