A pequena Maytê Liz tinha manchas roxas na pele que já apresentava descamação
Chá de bebê de Maytê Liz nos feito nos últimos meses de gestação |
É muito sofrimento, eu choro 24 horas por dia. Ela foi muito desejada, era meu sonho ser mãe de um casal e ela era a minha maior realização na vida
O profissional não realizou o parto, pois saiu de férias naquela semana.
Pele roxa e descascado
Nas horas que se passaram após ser mandada para casa, na sexta (20), Marcielly sentiu a sua barriga endurecer, mas confiou na orientação da profissional e pensou que estivesse tudo bem.
Como o combinado, ela e o marido chegaram ao hospital por volta das 6h, mas os enfermeiros só foram examiná-la por volta das 11h.
Desde esse momento teria tido início uma correria, pois os enfermeiros não sentiam mais o coração de Maytê. A médica que havia consultado a mãe na última sexta e faria o parto foi chamada. Ela também não teria conseguido ouvir as batidas.
Marcielly foi levada as pressas para a sala de cirurgia e o marido impedido de entrar com ela, mesmo a legislação garantindo o direito de um acompanhante.
“Acho que ela não quis que meu marido entrasse porque já sabia que a minha filha já estava morta na minha barriga, e não queria que ele visse”.
Após horas de espera o pai e uma familiar foram informados da morte e da suposta anomalia que a teria causado. O laudo oficial da Politec ainda não foi concluído e apontará a causa real da morte.
“Quando tiraram ela a pele dela estava descascando, ela estava toda machucada toda roxa. No rostinho dela a pele tava descolando da carne”.
#JustiçaPelaMaytê e a dor da perda
Muito desejada e aguardada, a pequena Maytê deixa saudade e a sua morte um desejo de justiça de sabor amargo.
“Eu quero justiça! Não quero que nenhuma mãe passe pela dor que eu estou passando. Que ela perca a licença”.
“O meu peito está cheio de leite, está duro. Sabe o que é seu peito encher de leite e você não poder amamentar sua filha? Ver outras mães saindo do hospital carregando seus filhos e você não ter essa oportunidade?”.
O caso gerou comoção nas redes e familiares e amigos subiram a hashtag #JustiçaPelaMaytê.
“Tenho recebido muito apoio, mensagens de outras mães dizendo ‘eu estou com você, já senti essa dor’”.
No mesmo dia em que tudo aconteceu, Fabio registrou um boletim de ocorrência para registrar o caso, que agora passa a ser investigado pela Polícia Civil.
Veja:
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