quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Mãe denuncia médico por violência sexual contra filha de 16 anos no Hospital Beneficência Portuguesa, em SP

 

Hospital disse que 'repudia qualquer tipo de assédio e violência' e que 'suspendeu temporariamente o profissional'. SSP informou que o caso foi registrado como violação sexual mediante fraude e instaurou inquérito policial para investigar o fato. Médico afirmou, em depoimento, não ter 'encostado' nem 'exposto' nenhuma região íntima da paciente.


Hospital Beneficência Portuguesa no Centro de SP 

Uma mãe denunciou um médico do Hospital Beneficência Portuguesa, na região central de São Paulo, por violação sexual mediante fraude contra a filha de 16 anos durante a realização de um exame na última segunda-feira (23).


A vítima e a mãe registraram boletim de ocorrência e prestaram depoimento no mesmo dia. A jovem contou que o suspeito pediu que ela se deitasse na maca e afirmou que nunca tinha sido examinada daquela forma por um médico clínico.

O hospital decidiu suspender temporariamente o profissional do pronto socorro, "até que as investigações sejam concluídas" (leia abaixo a íntegra da nota).

"Ele ficou de frente, na altura da minha cintura, abriu minha calça sem a minha permissão e dobrou minha calça para dentro, abaixando-a. Quando ele foi ouvir meus batimentos cardíacos, começou a passar a mão e, ao mesmo tempo, ouvir o meu coração. Me senti muito incomodada e com vergonha. Nesse meio tempo, minha mãe já havia levantado para verificar o que estava acontecendo”, disse a jovem.

“Em nenhum momento ele se defendeu, muito menos pediu desculpas a mim. Me senti um lixo, nunca passei por uma situação dessas e nunca imaginaria que seria em um hospital”, afirmou.

Segundo o relato da mãe, que consta no boletim de ocorrência, a filha foi encaminhada ao hospital para a realização de exames laboratoriais pois estava sendo acompanhada medicamente por um neurocirurgião.

“Na qual me deparo com o médico fazendo exame clínico e minha filha com sua calça aberta e abaixada até a altura do púbis”, contou a mulher à polícia.

"Ele fez o exame do estetoscópio por baixo de sua roupa, sendo que ela já havia feito esse procedimento na triagem. Quando questionei, o médico não me respondeu e ficou de cabeça baixa. Saí da sala e chamei um responsável por ele. O supervisor dos médicos falou que era o primeiro dia do médico e este não falou nada em defesa do outro”, completou a mãe.

Em depoimento, o médico que atendeu a vítima declarou que realizou o exame físico “após pedir licença e na presença da mãe, sem nenhuma manifestação contra durante todo o procedimento”.

“Expliquei a importância de várias manobras efetuadas e que meu exame foi rigorosamente aquele que deve ser feito em um caso dessa gravidade. Não encostei nem expus nenhuma região íntima”, disse ele às autoridades.

O que diz o Hospital Beneficência Portuguesa


Em nota, o hospital Beneficência Portuguesa disse que "repudia qualquer tipo de assédio e violência e está apurando os fatos internamente, assim como contribuindo com as autoridades para averiguação dos fatos”.

Afirmou, ainda, que, “por precaução, suspendeu temporariamente o profissional das atividades do Pronto Socorro até que as investigações sejam concluídas".

O que diz a Secretaria da Segurança Pública


A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso foi registrado como violação sexual mediante fraude pela 1ª Delegacia de Defesa da Mulher.
“A unidade policial ouviu todas as partes envolvidas na ocorrência e instaurou inquérito policial para investigar o fato. Detalhes serão preservados por se tratar de crime sexual envolvendo menor de idade.”





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