Segundo a Prefeitura de Sinop, as UPAs não são capacitadas para casos de alta complexidade e foi acionada a central de regulação de MT
O caso se junta ao da menina Manoella Tecchio, de 3 anos, que morreu na cidade recentemente por possível negligencia em seu atendimento.
Uma menina, de 2 anos de idade, morreu em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sinop, no sábado (18). O estado de saúde da criança era grave e ela aguardava uma vaga de UTI pediátrica para ser transferida. A causa da morte não foi informada.
Segundo a Prefeitura de Sinop, as UPAs não são capacitadas para casos de alta complexidade e, por essa razão, foi acionada a central de regulação para que a criança fosse encaminhada para um hospital estadual.
No período de aproximadamente uma hora, segundo a prefeitura, enquanto aguardava pela vaga, que foi liberada em Cáceres (705 km de Sinop), a menina continuou recebendo os cuidados semi-intensivos da equipe da UPA.
Contudo, o quadro era bastante grave e evoluiu rapidamente, até que a paciente deixou de reagir aos estímulos e morreu. Ainda segundo a prefeitura, não há registro de que a paciente tenha recebido atendimento na UPA antes de sábado.
Já é o segundo caso
É o segundo caso de morte de criança em uma unidade de saúde pública de Sinop em menos de dez dias. Manoella Tecchio, de 3 anos, morreu na quinta-feira (09) em uma Unidade de Pronto Atendimento de Sinop, após dar entrada com tosse seca.
A Prefeitura Municipal determinou abertura de uma sindicância para apurar o caso e afastou a médica responsável pelo atendimento. Segundo o pai da criança, ela estava com sintomas de gripe e, na segunda-feira (06), apresentou tosse seca.
Eles a levaram até a UPA e a médica pediu exame de sangue e urina, que não teria constatado nada. A profissional, então, teria receitado um remédio para tosse alérgica e mandou a criança para casa.
Porém, a menina não melhorou e, na terça-feira (07), voltaram a levá-la até a UPA. Manoella foi examinada novamente e uma radiografia constatou que o pulmão estava bastante comprometido.
Foi solicitada a transferência para uma UTI Neonatal em cidades vizinhas, mas nenhum leito estava disponível. Os profissionais da UPA tentaram realizar um procedimento para salvar a criança ali mesmo, mas a menina não resistiu.
A causa da morte apontada pela unidade médica seria choque séptico e pneumonia. A revolta tomou conta da família que aponta negligência médica no caso.
Veja a nota da prefeitura de Sinop sobre o caso deste fim de semana:
A Prefeitura de Sinop esclarece que:
• A Unidade de Pronto Atendimento de Sinop [UPA 24 horas] teve a admissão de uma criança [02 anos] no final da tarde deste sábado, 18, apresentando um quadro clínico bastante grave;
• A primeira avaliação da paciente indicou a necessidade de uma UTI pediátrica com urgência;
• Uma vez que as unidades de pronto atendimento não são capacitadas para casos de alta complexidade [UTI], foi buscado a transferência da paciente, através do sistema de regulação [SISREG], para um hospital de referência estadual;
• Enquanto aguardava a liberação do leito de UTI pediátrica [período de, aproximadamente, 1 hora], que, por sua vez, o sistema identificou, apenas, no município de Cáceres, a paciente permaneceu recebendo todos os cuidados semi-intensivos da equipe multiprofissional que compõe o quadro clínico da UPA de Sinop;
• Com um quadro clínico bastante agravado e evoluindo rapidamente, parou de resistir aos estímulos;
• Não há registros de consultas ou qualquer outro tipo de atendimento médico à essa paciente na UPA de Sinop, antes deste sábado;
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