terça-feira, 30 de novembro de 2021

Mãe de rapaz que morreu por suposto erro médico em Campos faz desabafo

ENTREVISTA/ CASO IURI – Fernanda Gomes revela ao Campos 24 Horas como tudo aconteceu, a dor e a luta para levantar provas



Passados quase oito anos da morte do jovem Fernando Iuri Chagas Rangel, 19 anos, o sentimento de Fernanda Chagas, de 45 anos, é de uma mãe que amarga a dor da perda trágica, mas embalada pela vitória na Justiça que pode servir de exemplo para que outros casos como o que vitimou seu filho não se sucedam. Iuri, 19 anos, servia no 8º Batalhão de Infantaria e morreu após uma cirurgia na clavícula em 2013. Na semana passada, o juiz da 1ª Vara Criminal de Campos acatou a denúncia do Ministério Público (MPRJ), e os médicos Paulo Cesar Mota Rocha (cirurgião), Luís Bernardo Vital Bogado (anestesista) e Hugo Manhães Areas irão a juri popular (Aqui). Também foi denunciado o médico Rocklane Viana Areas, mas em relação a este houve a suspensão condicional do processo.  Os oito anos da morte trágica do jovem se completam no próximo dia 26/12. Desde então, o período das festas no Natal nunca mais foi igual para Fernanda, que conversou com a reportagem do Campos 24 Horas em tom de desabafo. Ela conta como foi desde o início das investigações e agradece a policiais, delegado, promotor e juiz. "Tenho sonhado com o Iuri, e num destes sonhos ele me disse. "Mãe, acho que fizeram alguma coisa errada comigo". (leia a matéria completa abaixo)

Iuri fraturou a clavícula num acidente de moto, tendo recebido, inicialmente, atendimento no Hospital Ferreira Machado(HFM). Como ele tinha dois planos de saúde (um do Exército e outro da Unimed), foi transferido para um hospital da rede particular, onde foi submetido a uma cirurgia, durante a qual teve sérias complicações, resultando em óbito. 

UMA DOR EMBALADA PELA VITÓRIA – “O meu sentimento hoje é de dor, mas uma dor embalada pela vitória e por trazer à população uma forma de conter este tipo de prática de alguns médicos. E para que a ganância não se sobreponha às vidas. A medicina não pode ser como um comércio, ali há uma vida. De certa forma, isso acalenta meu coração” .

NÃO FOI IMPERÍCIA – “O caso não foi de imperícia, eles sabiam o que estavam fazendo. Não se preocuparam com o resultado, que foi a perda de uma vida. Talvez pela certeza da impunidade. Seria um óbito a mais”.

VALEU A PENA LUTAR - “Nunca pensei em desistir, jamais. Mas sabia que ia encontrar dificuldades nesta luta porque muitas pessoas diziam que aquilo não iria dar em nada. Muitos casos não deram em nada porque outras mães desistiram de lutar. Porque o juiz podia não aceitar ou desqualificar a denúncia do Ministério Público”. 

TEMPO DA JUSTIÇA - “Eu tive impulsos momentâneos de reagir e vingar a morte do meu filho. Mas na batalha de cada dia aprendi a aguardar os trâmites da Justiça de forma civilizada e avisei a eles (os médicos) que a vida do meu filho que eles tiraram não iria ficar em vão, por mais que eles tentassem escamotear a verdade, alegando que nada havia de errado”.

SEM PAZ PARA O LUTO – “Minha dor foi maior do a de qualquer outra mãe porque não tive paz para guardar meu luto.  Logo tive que ir à luta nessa batalha para comprovar que mataram meu filho”.

DOLO – “A história destes casos quase sempre termina com médicos sempre respondendo por culpa, nunca por dolo, em razão da falta de provas. O promotor de Justiça Fabiano Rangel Moreira que atuou no caso disse que este foi um caso raro (crime doloso). Conseguimos reunir provas de que eles sabiam o risco que estavam correndo. Eles sabem fazer o certo. Mas não fizeram por ganância atendendo vários pacientes ao mesmo tempo”.  

DECEPÇÃO COM O CFM – Minha decepção foi com o Conselho Federal de Medicina (CFM) que não tomou providência alguma com relação ao caso. Mas a Justiça, a Polícia, o Ministério Público e mídia cumpriram sua parte. Outros irão pensar duas vezes antes de práticas crimes como esses que vitimou meu filho. 

CERTEZA DA IMPUNIDADE - Além da ganância, eles são influentes e poderosos. Tinham a certeza da impunidade, por isso correram o risco. Para eles, a morte do Iuri seria um prontuário a mais que iria a óbito.

CONVERSA COM O FILHO - Tenho sonhado com o Iuri, e num destes sonhos ele me disse. "Mãe, acho que fizeram alguma coisa errada comigo".

ELOGIOS - Contei com o apoio de amigos que me apoiaram muito nesta batalha. Tenho que enaltecer o Ministério Público, através do promotor Fabiano Moreira, louvar o trabalho do delegado Geraldo Rangel, dos inspetores Thiago Lannes e Mariana. Porque o trabalho policial é, às vezes esquecido, mas quero destacar o apoio, o empenho e a dedicação deles.

JURI - Eles vão recorrer, vamos aguardar a decisão do júri popular, mas só com o prejuízo moral e financeiro que tiveram já estão pagando em parte pelo que fizeram.

“O risco de depressão respiratória do meu filho durante e cirurgia não foi amenizado ou contido por nenhuma outra prática médica, demonstrando não se importar com a vida alheia e unicamente interessado no proveito financeiro das suas três anestesias simultâneas e particulares”, diz a denúncia referindo-se a Luis Bernardo. 

Para conseguir provas de que realmente seu filho não teve o pronto atendimento devido, Fernanda Chagas contou com a ajuda, principalmente, de funcionários do hospital onde houve o procedimento cirúrgico, que relataram que existiam câmeras em diferentes ambientes do hospital, inclusive, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Fernanda explica que, a partir desta informação, começou outra luta, a de conseguir as imagens. Para isso, explica, precisou ir ao hospital inúmeras vezes. 

- Quando meu filho veio a óbito, a gente começou a receber muitas ligações e mensagens dizendo que foi um erro do hospital e da equipe médica, que estava ausente e em outra cirurgia. Todo o hospital informando que o que fizeram com meu filho foi uma barbaridade, uma barbeiragem. Daí, no dia 3 de janeiro a gente foi à delegacia, fez a queixa crime, foi aberto inquérito e começou a investigação. Eu fiz manifestações quase que diárias exigindo as imagens que iam provar a ausência do anestesista e a ausência do cirurgião que era o responsável e que terceirizou, mandou outro fazer a cirurgia, porque ele estava em outra sala, por ganância, quantidade de cirurgias, sem cumprir a responsabilidade que foi delegada para ele. Eu confiei a saúde do meu filho a ele. Eu acompanhei no MP, quando a gente recebeu a notícia da denúncia que o MP apurou e comprovou a culpa deles – explicou a mãe de Iuri. 







segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Feira de Santana: “Nada vai trazer minha filha de volta”, lamenta mãe de bebê morta após suposta negligência hospitalar

 


A jovem Ana Beatriz Oliveira, 20 anos, mãe da pequena Maria Isabel, de apenas seis meses fez um forte desabafo nesta quinta-feira (25), após sua filha falecer por dificuldade respiratória no último dia 19 de novembro. A mãe denuncia o Hospital Bambino, localizado no município baiano de Feira de Santana, por negligência médica. O caso vem causando revolta na web.

No extenso relato, Ana conta que, ao levar sua filha com sintomas de febre e dificuldade respiratória ao hospital, tido como referência em atendimento pediátrico na região, teve que enfrentar um longo tempo espera para receber atendimento. Ao conseguir passar por um médico, ele receitou antibióticos para o tratamento da sua filha e a mandou para casa, recomendando que retornasse após 48h. Na mesma noite, porém, o quadro da bebê piorou e ela voltou à unidade. Lá, reavaliaram Maria e concluíram que, mais uma vez, ela poderia voltar para domicílio. Vendo o estado da filha, Ana relata que implorou para que ela fosse entubada, mas a médica recusou, afirmando que não passava de ‘exagero de mãe de primeira viagem’.

Thank you for watching

Em contato com a equipe do BNews, a jovem afirma que, diante da situação, pediu que medissem a saturação da bebê. “Eu vi 78%, questionei a porcentagem, a médica falou que era inconsistência e que não tinha necessidade de submeter ela ao trauma de pegar um acesso venoso. Isso é inadmissível!”, detalhou a mãe. ⁣

No dia seguinte, a avó da criança percebeu que ela acordou sem respirar. Ana conta que, de imediato saiu para a rua gritando por socorro, até conseguir carona para outra unidade de saúde. “Infelizmente já era tarde demais. Não tinha mais chances de salvar a minha filha. Deveriam ter colocado ela no oxigênio quando eu pedi, mas desdenharam de mim”, lamentou emocionada.

Com o agravamento do caso, Maria veio a óbito no dia seguinte, na Policlínica do Parque Ipê, também em Feira de Santana. A causa da morte ainda é indefinida.

Após o trágico ocorrido, Ana ressalta que, de agora em diante, seu único objetivo é fazer com que outras mães não tenham que passar por situação semelhante. “Nada do que eu faça ou fale vai trazer a minha pequena Maria de volta, mas eu vou lutar para que situações como essa não voltem a acontecer. Só quero justiça, para que nenhuma mãe tenha que sentir a dor que estou sentindo”, concluiu.

Em nota, o Hospital Bambino afirmou que seguiu todos os protocolos da Sociedade Brasileira de Pediatria, e que a paciente “não preencheu os critérios de internamento e, por isso, foi encaminhada para tratamento domiciliar com receita médica e orientação de retorno em 48h. A unidade também alega que as declarações de Ana são inverídicas e não procedem. (BNews)



Voz da Bahia



Mãe denuncia hospital de Feira de Santana por negligência em morte de bebê de 6 meses

 

Ana Beatriz Rios conta que, ao implorar por cuidados reforçados, médica de unidade disse que era "exagero de mãe de primeira viagem"


A mãe de um bebê de seis meses denunciou, nesta quinta-feira (25), o atendimento médico de um hospital em Feira de Santana que resultou na morte da sua filha há uma semana. Ana Beatriz Rios, de 20 anos, contou que foi à unidade sucessivas vezes no dia 18 de novembro e chegou a implorar pelos cuidados que sabia que a criança precisava, mas foi menosprezada pelos médicos, que teriam agido de forma negligente.


Ao levar a sua filha, Maria, com sintomas de febre e dificuldade respiratória ao hospital “que diz ser referência em atendimento emergencial pediátrico”, Ana relata que foi atendida por um médico, após mais de uma hora de espera. Ele passou antibióticos e nebulização para o tratamento da sua filha e a mandou para casa, recomendando que retornasse após 48h para uma reavaliação. 


Na noite do mesmo dia, porém, o quadro da filha piorou e ela retornou à unidade. Lá, reavaliaram o bebê e concluíram que Ana poderia voltar para casa. Vendo o estado da sua filha, pediu para que ela fosse entubada, mas a médica negou e desdenhou da solicitação, dizendo que era “exagero de mãe de primeira viagem”.


Novamente no hospital, Ana voltou a pedir que a filha recebesse oxigênio. Ela diz que, diante da situação, a médica mediu a saturação do bebê, mas percebeu inconsistências na aferição. “Eu vi 78%, questionei a porcentagem, e ela disse que não tinha pegado direito, ficou por mais tempo com o aparelho até dar 98% e mandou eu ir embora”, detalhou.


No dia seguinte, a avó da criança percebeu que ela estava sem conseguir respirar. Ana, então, pegou a filha no colo e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas encontrou dificuldades para ser atendida. “Eles atenderam assim que liguei, mas como a minha filha já estava parada, não ia dar tempo de responder tantas perguntas que eles estavam fazendo, só conseguia dizer o meu endereço e que minha filha estava morrendo”, contou. Ela diz correu para a rua gritando por socorro e conseguiu uma carona até outra unidade de saúde.


“Em outro lugar, o atendimento foi ótimo, mas não tinha mais chances de salvar a vida de Maria. Não dava para ser de última hora, era para terem colocado a minha filha no oxigênio, como eu pedi, mas disseram que era exagero de mãe de primeira viagem”, lamentou.


A causa da morte de Maria ainda é indefinida. Após o óbito, o seu corpo foi retirado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) para fazer a necropsia. O resultado deve sair em 60 dias, indicou a mãe. Por enquanto, Ana está se preparando para conseguir uma reparação judicial e ajudar outras mães. “Já estou com o meu grupo de advogados, eles estão acompanhando a causa. Estou buscando provas, testemunhas, tudo que for necessário para que isso não aconteça com outras pessoas”, declarou.


“Trazer a minha filha de volta não faz, mas vai fazer com que outras mães não passem por essa dor, que parece que não vai acabar nunca”, explicou Ana. Ela contou que depois que publicou a denúncia, recebeu vários relatos parecidos com o seu, envolvendo inclusive o mesmo hospital. 


Metro1 apurou o caso e identificou que a unidade denunciada é o hospital pediátrico Bambino, em Feira de Santana. Em resposta às denúncias, o Grupo Bambino afirmou que as declarações feitas pela mãe da criança são “inverídicas” e esclareceu que “rigorosamente afetou todos os protocolos estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Pediatria e que ofereceu o atendimento apropriado”. O hospital também reforçou que disponibilizou o prontuário médico para a família e médico assistente da criança.




Juíza manda médico pagar R$ 42,5 mil a paciente deformada em cirurgia



Ela participava do programa “Plástica para todos”; ao todo ela fez quatro procedimentos estéticos

A decisão foi da juíza Vandymara Galvão Ramos, da 4ª Vara Cível de Cuiabá

A clínica do programa “Plástica pra todos” e o cirurgião plástico João Fernando dos Santos Mello foram condenados a pagar uma indenização no valor de R$ 42,5 mil para uma paciente que sofreu com erros médicos e negligência em uma série de procedimentos estéticos.

A decisão é da juíza Vandymara Galvão Ramos Paiva Zanolo, da Quarta Vara Cível de Cuiabá.

O caso da paciente ocorreu em 2018, ano em que ela soube da existência do projeto “Plástica pra todos”. O programa tem objetivo de tonar acessível realização de cirurgias plásticas reparadoras.

Após uma consulta com o cirurgião, a mulher decidiu fazer quatro procedimentos estéticos, sendo eles, lipoaspiração, abdominoplastia, redução de mama com colocação de prótese e enxerto nos glúteos.

Tudo saiu pelo valor de R$ 12,5 mil e as cirurgias estavam marcadas para acontecer todas no mesmo dia, no Hospital Militar.

No entanto, em razão da paciente ter sofrido uma hipoglicemia durante a cirurgia, os procedimentos foram divididos em duas datas. A primeira durou seis horas e a outra 10 horas.

A paciente relata na denúncia que as complicações médicas foram visíveis ao acordar do pós-operatório. Ela descreve que logo notou certa deformação no seio direito, com as aréolas desalinhadas.

Quinze dias depois das cirurgias a paciente foi tirar os pontos no hospital e afirma que estava com bolsas de pus ao redor da aréola e inchaço no abdômen, próximo ao corte da abdominoplastia.

"Ela carregará para sempre as marcas do procedimento adotado pelos réus. Dessa forma, reconheço a ocorrência dos danos moral e estético.


Ela afirma que chegou a procurar o médico diversas vezes, mas não foi atendida, sempre recebendo desculpas. A omissão também se deu em relação ao programa, que sequer atendia suas ligações.

Vivendo a base de remédios, ela disse que só conseguiu uma consulta com o cirurgião um mês após os procedimentos. Ele decidiu suturar as duas mamas no seu consultório, que estavam totalmente inflamadas e com infecção

Na denúncia, a paciente ainda descreve que depois desse encontro nunca mais conseguiu falar com o cirurgião e as infecções seguiram piorando gradativamente.

Diante da situação, ela entrou com a ação em que pediu indenização por danos morais, estéticos e materiais pelo erro médico e negligência no pós-operatório.

A defesa dos réus argumentou que tanto o médico quanto o programa deram todo o apoio à paciente e que as complicações relatadas ocorreram em decorrência da ausência de higiene por parte da mulher.

No entanto, não foi apresentado à juíza documentos que comprovassem as alegações.

Já a paciente mostrou as sequelas que sofreu, com cortes e cicatrizes, mamas caídas e desalinhadas e deformidade na barriga, decorrente de gordura localizada não aspirada.

"Ela carregará para sempre as marcas do procedimento adotado pelos réus. Dessa forma, reconheço a ocorrência dos danos moral e estético”, decidiu a juíza.

Tanto a clínica quanto o médico foram condenados a pagar R$ 20 mil por danos morais, R$ 10 mil por danos estáticos e R$ 12,5 mil por danos materiais. Totalizando a indenização de R$ 42,5 mil. Da decisão cabe recurso.




domingo, 28 de novembro de 2021

DENÚNCIA: ESPOSO DE PACIENTE DESAFIA PREFEITA EXPLICAR PÉSSIMO ATENDIMENTO HOSPITALAR EM ITAPEMA

 

“Pude conhecer essa precariedade ao necessitar de atendimento e perceber que nossa estrutura de saúde é muito, mais muito precária, martelo e prego” desabafou.

Charles Couto dos Santos, casado com Isabel de Fátima Pimentel Monteiro, denunciou para a redação o péssimo atendimento recebido, acompanhamos o passo a passo, a saga de Santos, a espera de um milagre em meio a humilhação, desespero por qual passou por mais de 3h30min, na fila de espera no plantão do hospital Sto. Antônio de Itapema. Ele conta que não existe empatia, se quer tem um filtro profissional para avaliar o quadro clínico das pessoas que chegam à unidade (hospitalar), ficam agonizando, diz que no caso da sua esposa Isabel, ela passou mal por volta das 19h, quando perceberam que devia buscar atendimento, chegaram à unidade de saúde, Sto. Antônio, às 20h, a espera pelo atendimento foi de 3h30min, uma eternidade para quem estava com arritmia em 118 bpm.

Neste ínterim e o desespero para ser atendidos percebeu que a falta infraestrutura denuncia a precariedade de recursos humanos totalmente desajustados, atemporal, não existe um controle, uma atenção básica, posto que havia uma criança com 38,5 febril, a ponto de entrar em convulsão. O que me veio a mente, “se uma criança não estava recebendo atendimento adequado mesmo naquelas condições, imagina uma pessoa adulta, nem animal a caminho do abatedouro recebe tamanho desapreço pela vida” porque a Nilza Simas não lacrou ainda este “matadouro”, sugeriu.

https://www.facebook.com/charles.coutodossantos

Perguntamos ao Charles qual a sua maior preocupação com o atendimento no hospital Sto. Antônio, ele aponta uma série de problemas, explicou na conversa que a nossa reportagem que saúde em Itapema é um caos, caso de polícia, são exames que demoram, perdem documentos dos pacientes, filas de espera gigantesca, faltam médicos para diversas especialidades, a pandemia se tornou uma ferramenta para atender mal e parcamente os pacientes, pedir favor é um desaforo, quando reclama, eles se apegam na Lei e ameaça chamar a polícia e prender o paciente por desacato, é evidente a desqualificação e a falta de preparo para fazer a triagem, faltam médicos, longo tempo de espera entre atendimento, diagnóstico e tratamento, não tem UTI, não tem maternidade, não possui um centro de diagnóstico, faltam leitos, má administração, atendimento pouco humanizado, não existe o atendimento de emergência, superlotação, infraestrutura defasada.  Pude conhecer essa precariedade ao necessitar de atendimento e perceber que nossa estrutura de saúde é muito, mais muito precária, martelo e prego, desabafou.

Quero mandar um recado para a prefeita, que diz que dá saúde, ajude seu povo que agoniza por falta de atendimento, senhores vereadores, por favor, olhem pelo povo que sofre com o descaso desta espelunca, afinal, até quando seremos lesados por covis de lobos, o povo agoniza nos corredores deste matadouro, questiona Charles, que desafia a prefeita Nilza Simas ficar no que ela diz ser “hospital” para ver o descaso, o despreparo, a empáfia e arrogância destes malditos que maltratam e destrata até as criancinhas, com descaso aqueles que procuram atendimento neste antro de maus tratos aos munícipes, a saúde é um lixo na nossa cidade, porque temos que passar por tanta humilhação, senhora Prefeita? Viramos meros fantoches nas mãos de vocês, que tiram a nossa dignidade humana, quem se dizem responsáveis por essa pocilga que chama de “hospital”? Acham que os pacientes vêm aqui a passeio, estão nos tirando para ignorantes e pediu ajuda para a comunidade.

O governo da Nilza Simas tem o direito de resposta e de rebater as acusações citadas, o espaço está aberto, caso desejar exercer bastar encaminhar a nota de esclarecimento para e-mail redação folhaestado@hotmail.com caso desejar exercer a eficácia e a eficiência, a assessoria pode encaminhar por transmissão instantânea no whatsApp que será publicado de imediato.

A letra de Eduardo Costa é um recado, cuidado com o voto!



Folha do Estado


CPI de Cruz das Almas indicia prefeito da cidade, genro e secretária municipal de Saúde

 


O prefeito de Cruz das Almas, Ednaldo Ribeiro (Republicanos) e seu genro, o então secretário de saúde da cidade, Sandro Borges, foram indiciados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde do município, no Recôncavo Baiano. Eles podem responder pelos crimes de falsidade ideológica, homicídio culposo, exercício irregular da profissão e improbidade administrativa.

Outras três pessoas da gestão também constam em relatório para serem indiciadas. O relatório final da CPI foi aprovado na sessão de sexta-feira, 26, da Câmara de Vereadores e o documento enviado ao Ministério Público, para a Polícia Civil, ao Ministério Público Federal e para o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb).

A CPI foi aprovada pelos parlamentares após denúncias de moradores que teriam obtido imunização cruzada (doses de vacinas diferentes) e seus cartões de vacinação foram adulterados, tanto por rasura em assinaturas quanto por substituição por um novo cartão.

No decorrer das investigações, o óbito de Ronaldo Teles, ocorrido no dia 5 de abril, entrou na pauta das investigações, após a família denunciar erro médico. A morte do paciente foi atestada por uma médica que nunca tinha trabalhado no município, a doutora Alana Sena. Por sua vez, Alana prestou queixa contra a Prefeitura de Cruz das Almas por ter contratado um funcionário que se passava por ela.

Segundo o presidente do colegiado, vereador Paulinho Policial (PSD), 25 testemunhas foram ouvidas em 21 sessões na Casa Legislativa e o trabalho de investigação foi realizado em 90 dias. Das 25 testemunhas, 18 eram sobre o óbito de Ronaldo Teles. Já as outras sete pessoas foram ouvidas nas investigações sobre os erros de imunização.

O presidente ressaltou as oitivas realizadas fora de Cruz das Almas, como foi o caso da médica Alana Sena no município de Uauá e do Dr. Diego Partenostro em Salvador.


Crimes


Com 109 páginas, o relatório final aprovado pela comissão aponta para cinco indiciados, sendo o primeiro, o prefeito Ednaldo Ribeiro (Republicanos) por improbidade administrativa e crime de responsabilidade.

Já o segundo é o ex-secretário municipal de Saúde e genro do prefeito, Sandro Borges, por homicídio culposo. A terceira é ex-superintendente de Saúde e a atual secretária municipal de Saúde, Kaliane Ferreira, por homicídio culposo.

O quarto indiciado é o diretor médico de Cruz das Almas, Vitor Lúcio, por homicídio culposo. A quinta pessoa indiciada é a falsa médica que se passou pela médica Alana Sena e segue sem identificação até o momento, por exercício irregular da profissão, falsidade ideológica e homicídio culposo.

A equipe de reportagem do Portal A TARDE tentou contato com a Prefeitura de Cruz das Almas, mas não obteve retorno até o momento da publicação.


A Tarde



Família acusa hospital de negligência após morte de jovem

 

Vítima morreu após ter um aneurisma semanas depois de ter um bebê  



Gabriele Pena, de 23 anos, morreu vítima de um aneurisma, semanas depois de ter um bebê em uma maternidade no Rio de Janeiro. A criança pesava mais de 4 quilos e mesmo assim, segundo a família, a equipe médica insistiu no parto normal. Mesmo com fortes dores de cabeça, Gabriele recebeu alta e dias depois, sofreu um aneurisma cerebral e morreu.



 

sábado, 27 de novembro de 2021

Professor demitido por falar de estupro cometeu mais ofensas, dizem alunos

 


Alunos do professor de medicina de Belém (PA) demitido na sexta-feira (26) após vazamento de vídeo em que ele questiona uma aluna se levaria lubrificante a uma hipotética cena de estupro dizem que não foi a primeira vez que ele agiu de maneira ofensiva. Universa conversou com alunos do Unifamaz (Centro Universitário Metropolitano da Amazônia) que afirmam que o docente costumava tratar os estudantes de forma grosseira e desrespeitosa, especialmente as mulheres, em sala de aula.

Um dos entrevistados contou que as ofensas aconteciam durante as aulas práticas e que o docente teve um comportamento semelhante com outra aluna, da turma do segundo ano, em 17 de novembro, mesmo dia em que o vídeo foi gravado.

"Esse caso foi com uma colega nossa que está grávida. Ele tentou coagi-la. Os colegas falaram: 'Ela tá grávida'. Ele respondeu: "Não tô nem aí, não tô nem vendo'. Ele sempre tentava deixar um ar de nervosismo e tensão durante as aulas práticas, usava palavras e expressões inapropriadas. Então esses absurdos foram além do limite e teve essa gravação do vídeo para comprovar", contou o estudante do segundo ano de medicina, Bruno Nery.

O universitário critica a forma como o professor abordava os alunos em sala de aula. "Hoje, na nossa turma, o nosso sentimento é de revolta, porque não é só a nossa colega, mas cada um de nós. Eu tenho uma filha. Isso [o fato de ser professor] não dá o direito de tratar assim uma mulher, uma colega de turma, uma futura colega de trabalho", ressalta.

Outra aluna dele, do último ano do curso de medicina e que preferiu não ser identificada, revelou que assim que o vídeo viralizou outros casos começaram a aparecer. "Infelizmente, com essa exposição outros alunos -- ele é professor de outras instituições -- acabaram manifestando experiências negativas com ele, incomodadas com a forma como ele aborda os alunos, os temas e os pacientes."

Ela conta que presenciou comentários preconceituosos do docente durante a apresentação dos trabalhos. "Ele tem fama de ser muito rígido na correção dos trabalhos. Às vezes fala muito da aparência das pessoas, da forma como elas falam, muito mais do que do trabalho em si, do conteúdo. Isso é muito incômodo. Aconteceu comigo e outros colegas."

Universa tentou contato com o professor desde sexta-feira (26), mas ele não respondeu a nenhuma das mensagens. Após a demissão da universidade, o docente apagou seus perfis nas redes sociais. A estudante que foi questionada em sala de aula sobre a hipotética cena de estupro registrou ocorrência policial contra o docente por importunação sexual. Ela não quis ser identificada.

'É preciso criar canais de denúncia'

A presidente da Comissão de Mulheres e Advogadas da OAB-PA, Natasha Vasconcellos, que está acompanhando o caso, diz que as instituições devem dar atenção às denúncias dos alunos e disponibilizar canais seguros para isso.

"É algo que as universidades precisam ficar atentas. Se todo mundo diz alguma coisa sobre aquilo, onde está a falha? Será que estão disponibilizando os canais de denúncia seguros para evitar que essas pessoas sejam revitimizadas, tanto dentro da sala de aula quanto perante à instituição?", questiona.

Ainda segundo a jurista, é obrigação dessas instituições criar ambientes seguros para as mulheres. "A movimentação que estamos fazendo é para chamar a atenção dessas instituições para criarem planos de combate à violência contra a mulher", afirma.

Demitido do cargo do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ), o professor ainda faz parte do corpo de docentes da Universidade Federal do Pará e da Universidade do Estado do Pará (UEPA).

A UEPA também se manifestou em comunicado nas redes sociais repudiando qualquer tipo de prática dessa natureza e informou que "esta não representa a posição da universidade, que se solidariza com a aluna e acompanha o caso, ocorrido em outra instituição de ensino superior". A universidade repassou o caso à sua Procuradoria Jurídica (Projur), que está tomando providências.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará informou que efetivou as medidas legais previstas na Lei nº 3.268/57 e Resoluções do Conselho Federal de Medicina, instaurando procedimento administrativo para apurar o caso.


UOL


Paciente de médica acusada de negligência ficou cega por 1 mês: “Medo”

 Uma das 17 pacientes da médica Milena Carvalho relatou o terror que vive até hoje, 7 meses após o procedimento



Muito além da insatisfação com o resultado desastroso em cirurgias plásticas mal sucedidas, 17 pacientes do Distrito Federal atendidos pela Dra. Milena Carvalho, da clínica Lapitat, no Lago Sul, sentiram medo de possíveis sequelas permanentes após os procedimentos. Foi o caso de *Manoela, 40 anos, que, já em casa – após tomar um medicamento para dor – acordou sem a visão. “Vou ficar cega”, disse ela, em desespero, a familiares.

Manoela foi uma das vítimas ouvidas pelo Metrópoles, que revelou o caso nesta semana. As denúncias são investigadas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

A cirurgia de Manoela ocorreu em 15 de abril deste ano. O objetivo dela era colocar prótese e fazer uma lipoescultura no corpo inteiro. Após um longo processo de exames pré-operatórios, chegou o grande dia, tão esperado pela estudante de medicina. Onze dias após o procedimento, ainda sob medicamentos, a paciente viveu o pior dia de sua vida: ela acordou, abriu os olhos e não enxergou absolutamente nada em sua frente.

Os efeitos começaram após o medicamento anticoagulante acabar e a paciente ligar para a Dra. Milena que lhe receitou o uso de dipirona. A paciente tomou o medicamento e resolveu tirar um cochilo. Quando acordou, na companhia de familiares, notou que havia perdido a visão. “Fui esquecendo as coisas, perdendo os sentidos”, relembra.

Apavorada, a família de Manoela correu com ela para o hospital e, lá, foi explicada toda a situação aos médicos de plantão. A estudante apresentava sinais de “trombose aguda dos seios transverso e sigmóide e da veia jugular interna à direita, associado a sinais de infarto venoso hemorrágico do lobo temporal direito”. Com o diagnóstico em mãos, ela ligou para a médica que comandou a mamoplastia e lipoescultura. “Ela me disse: ‘Você resolve com o seu neurologista e vê como vai fazer'”, teria dito a especialista.

Responsabilizando o anestesista que participou do procedimento cirúrgico, Milena teria, então, encaminhado o contato do profissional para Manoela, aconselhando que ela o procurasse diretamente. “Foi desesperador”, disse a estudante.

Após uma longa investigação, que contou com diversas consultas e exames com neurologistas, Manoela começou a recuperar a visão gradativamente. “Foi um mês mais ou menos. [A visão] Foi voltando gradativamente”, relembra.

Diante de tantas complicações, Manoela solicitou acesso aos prontuários médicos e descobriu que teria precisado de 21 frascos de adrenalina durante a cirurgia, porém, sem detalhamento do porquê. Assustada com a falta de transparência dos registros médicos, a estudante resolveu registrar boletim de ocorrência na PCDF, que investiga o caso.

Sete meses após a cirurgia, Manoela ainda trata a perda parcial dos movimentos do braço e da perna direitos, além de uma paralisia em parte do rosto. A mulher passa por consultas regulares com neurologistas, terapeutas e precisa de incontáveis sessões de fisioterapia. “Ainda estou na fase de tentar digerir que a culpa não foi minha. Eu só quero viver a vida que eu tinha antes”, lamenta.

Uma semana sem banho

Outra paciente da Dra. Milena Carvalho morava em Pires do Rio (GO) à época do procedimento. *Marlene veio a Brasília para realizar uma mamoplastia com prótese, em janeiro deste ano. Ela conta que, apesar de ter seguido toda a recomendação pós-cirúrgica prescrita pela médica, os pontos da mama direita começaram a abrir poucos dias depois.

Marlene, então, viajou do município goiano – localizado a 250km da capital federal – ao Lago Sul, para refazer os pontos, no seio. Mal ela sabia que precisaria fazer o percurso toda semana, durante três meses. “Decidi me mudar para Brasília, para cuidar da minha saúde. Cheguei a vir duas vezes por semana”, disse.

A mulher desenvolveu uma infecção bacteriana, o que acabou deformando a aréola na mama direita. Quando menos esperava, a mama esquerda de Marlene, até então sem nenhuma complicação, começou a expelir seroma. Segundo ela, a avaliação da médica era sempre a mesma: “Não tem nada”. A especialista teria sugerido que a paciente deixasse o próprio organismo absorver a substância, ou que a autorizasse a retirar o líquido com uma agulha.

“Eu sentia muita dor e não conseguia dormir. Não estava conseguindo fazer nada. Tive que contratar uma funcionária para poder ajudar a gente em casa. Eu passava uma semana sem tomar banho para não molhar os pontos. Ficava deitada 24 horas por dia”, recorda.

Após 6 meses, Marlene resolveu retirar os implantes do seio, pensando que seria o fim de seu sofrimento. Porém, seis dias após a remoção das próteses, os novos pontos também estouraram. “Eu sentia como se tivesse alguma coisa andando na ferida. Ela coçava”, descreve.

Marlene foi submetida a novos exames, dessa vez com outro profissional da saúde, que pediu a realização de uma biópsia. O resultado foi a infecção da ferida pela bactéria Pseudomona, comuns em ambientes hospitalares.

Para Marlene, o maior problema da cirurgiã foi não ter se comunicado corretamente. “Ela não pediu nenhum exame para saber o que estava acontecendo”, lamenta.

O outro lado

Procurada novamente pelo Metrópoles, a médica Milena Carvalho não quis dar entrevista e respondeu, por meio de nota, que “repudia veementemente as acusações anônimas de não ter prestado apoio pós-operatório a qualquer paciente que ela tenha atendido e diz que está abalada com as acusações anônimas e infundadas”. Confira a nota na íntegra:

“A Dra. Milena Carvalho repudia veementemente as acusações anônimas de não ter prestado apoio pós-operatório a qualquer paciente que ela tenha atendido.

A médica afirma que segue rígidos protocolos de cuidados e que acompanha seus pacientes antes, durante e depois dos procedimentos. Mesmos naqueles casos em que os pacientes não cumpriram o necessário protocolo, ela sempre esteve inteiramente à disposição para atender e solucionar qualquer situação que tenha ocorrido.

Todos os pacientes em pós-operatório são acompanhados de forma rigorosa pela médica. Já no pré-operatório todos têm acesso ao celular pessoal da Dra. e podem contatá-la dia ou noite, 7 dias por semana, 24 horas por dia. A médica fica sempre à disposição para as suas pacientes, bem como a sua equipe.

Os retornos pós-operatórios seguem um protocolo rígido e são orientados a serem realizados na sua clínica semanalmente no primeiro mês, após 3 meses, 6 meses e 1 ano, ou em qualquer outro tempo/ocasião se fizer necessário. Nos retornos são procedidas avaliações presenciais, curativos, realizadas fotografias de registro e orientações.

Somente em 2021, a médica realizou mais 200 cirurgias com absoluto zelo e profissionalismo.

A grande maioria dos pacientes está totalmente satisfeita com o resultado dos procedimentos.

Importante destacar que a médica é reconhecida, respeitada e referência para importantes publicações na imprensa sobre a temática de especialidade dela.

A médica afirma ter sido procurada por pacientes que de forma insistente tentaram fazer com que fosse realizado um acordo financeiro, mas não aceitou por não ter nada a temer, uma vez que os fatos narrados são inerentes às cirurgias e a Dra Milena prestou, durante todo o processo, atendimento às pacientes que seguiram com ela.

A médica está abalada com as acusações anônimas e infundadas e teme as consequências desse massacre midiático para sua vida, já que hoje ela se encontra grávida de 4 semanas e enfrenta uma gestação de risco.

A Dra. se coloca à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento, reforça que os fatos narrados são infundados e que não há qualquer comprovação ou condenação contra ela na justiça por irregularidade em sua conduta como médica”.

*Nomes fictícios, para preservar a identidade das vítimas



Metrópoles