Aposentado é internado no HB para cirurgia de hérnia e sai sem um testículo
Um aposentado de 71 anos e morador de Rio Preto foi internado no Hospital de Base (HB) em agosto de 2019 para ser submetido a uma cirurgia de hérnia no abdômen, no entanto, ao acordar do procedimento notou que estava sem um dos testículos.
Foi em fevereiro de 2019, quando o aposentado sentiu dores abdominais e por não possuir condições financeiras, procurou o SUS (Sistema Único de Saúde), onde foi encaminhado ao HB e diagnosticado com hérnia inguinal bilateral (direita e esquerda). Na ocasião, foram pedidos exames laboratoriais, Raio-X de tórax e eletrocardiograma, para comprovar a aptidão do aposentado para a cirurgia de remoção das hérnias.
O procedimento foi marcado para julho do mesmo ano, porém, foi suspenso sob alegação da necessidade de realização de mais exames pré-operatórios e assim foi feito. A nova data da cirurgia foi dia 1 de agosto de 2019, sendo realizada pelo médico, das 11h05 às 13h35 da referida data.
Após a cirurgia, o aposentado foi para o quarto se recuperar e passou a sentir dores na região da genitália. Foi ao banheiro urinar e surpreendido com a falta de um testículo. “Ao ir ao banheiro urinar, para seu espanto, percebeu que havia algo errado, pois possuía um curativo na região do saco escrotal direito. Às 15h42 o meu cliente ainda não havia sido informado de que lhe retiraram um saco (direito)”, escreveu o advogado João Paulo Gabriel na ação.
Segundo o processo, o aposentado só teve ciência do procedimento após insistência em saber o que estava acontecendo. “O referido procedimento não teve o consentimento do autor e, muito menos, foi informado pelo hospital de forma clara o porquê estavam retirando seu saco, quais os motivos? Já que o meu cliente não tinha nenhum tipo de dor ou anomalia aparente”, ressaltou o advogado.
Com isso, o aposentado então acionou a justiça por danos morais a serem fixados no patamar máximo. “Isso porque mexeu com a virilidade do meu cliente, situação essa que causou extremo constrangimento. É evidente que estamos diante de uma negligência médica”, explica João Gabriel, advogado do caso.
A indenização pedida pelo aposentado é no valor de R$ 120.000,00 e o suposto erro médico será analisado pela 6ª Vara Cível no Fórum de Rio Preto. O HB foi citado sobre o caso nesta terça-feira (16) e tem 15 dias para apresentar defesa.
NOTA À IMPRENSA
A Funfarme informa que, até o presente momento, não foi citada para nenhuma ação com este conteúdo. A Fundação, mantenedora do Hospital de Base e Hospital da Criança e Maternidade, ressalta que não comenta detalhes dos processos em tramitação judicial, por tratar de implicação de divulgação de dados personalíssimos, proibidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
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