domingo, 7 de novembro de 2021

Maternidade Nossa Senhora de Fátima, em Maceió, tem novas denúncias de negligência médica

 

Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos informou que vai cobrar apuração das denúncias.


Novas denúncias de negligência médica foram feitas contra a maternidade em Maceió

Novas denúncias de negligência médica foram feitas contra a Maternidade Nossa Senhora de Fátima, em Maceió. O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos informou que vai cobrar apuração das denúncias.

Um dos casos é o da família do Arthur, de 5 anos, que nasceu na maternidade. A mãe contou que ele ficou com sequelas no braço direito após o parto e culpa a maternidade pelo problema.

“O doutor induziu para mim ter o parto normal e eu não queria. E a moça que fez o toque disse que o bebê era enorme com quatro quilos e 99 centímetros. Ele rompeu os ligamentos do Arthur, que tem lesão de plexo braquial, é uma criança deficiente e vai ser assim para o resto da vida”, disse a mãe Érica Wanderley.

A Alidiane da Silva viveu um caso semelhante na mesma maternidade com o filho. Segundo ela, foram três entradas no hospital pra conseguir dar à luz. A mãe acusa o hospital de demorar no atendimento, o que trouxe sequelas pro menino, que hoje tem 2 anos.

“Ele tem problema na audição, já fez diversos testes, ele não fala, os pés são tortos e as mãos também. Eles (outros médicos) relatam que, se eu tivesse tido meu filho na primeira ida a maternidade, que foi com 39 semanas, ele seria normal”, contou a mãe.

Na semana passada, uma jovem de 25 anos morreu após o parto. A família denuncia que ela esperou mais de 12 horas pra fazer uma cesariana.

Outro caso foi no mês passado, quando uma mulher e seu filho ficaram internados na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) após um parto no mesmo hospital. A família fez um Boletim de ocorrência sobre o caso.

Ainda contra a maternidade há a denúncia de que o corpo de um bebê sumiu após o parto. Até hoje, os pais não sabem o que aconteceu.

A coordenadora de Obstetrícia do Hospital da Mulher, que administra os 28 leitos públicos da maternidade Nossa Senhora de Fátima, Avha Paixão, disse que os casos estão sendo investigados.

“A maternidade tem funcionado sob a gestão do Estado desde março de 2020 e temos mantido o mesmo atendimento no Hospital da Mulher para aquela unidade. Nós fizemos toda a revisão do caso, entrevistando os profissionais envolvidos e, até o momento, não identificamos nenhuma negligência, imperícia ou imprudência médica”, informou a coordenadora.

O presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, promotor de Justiça Magno Alexandre, disse que o Estado precisa apurar essas denúncias. “Haverá um encaminhamento para a Secretaria de Saúde do Estado para um maior acompanhamento da secretaria junto ao hospital porque nos últimos dias surgiram novos acontecimentos e tem sido repetitivos. Alguma coisa está errada e precisa ser apurada“, falou.




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