O velório da mulher que morreu vítima de infarto na UPA do Jardim do Sol, em Londrina, está sendo realizado na manhã desta sexta-feira (1), no Cemitério Jardim da Saudade. A vítima, de 55 anos, morreu na última quinta-feira (30) e a família alega “descaso” no atendimento e pede por justiça.
Segundo o genro da mulher, Ricardo Santin, ela teria ficado muitas horas dentro da unidade em vez de ter sido transferida. “Eu entrei duas vezes e minha esposa entrou duas vezes, aí ela já estava com oxigênio no nariz, depois não deixaram entrar mais. Aí minha esposa conseguiu entrar sem ser vista de novo e ela já estava com aquele biombo. Eles não falaram nada, só tiraram minha esposa para fora. Minha esposa desesperada e colocaram ela para fora”, disse.
Para Ricardo houve falta de profissionalismo por parte dos envolvidos. “Quando a gente não sabia mais o que fazer, entrei em contato com a Mara [Boca Aberta], ela deu apoio e entrou para dentro. Ela conversou e falaram para ela que teve uma troca de plantão e não colocaram a ficha para ela ser transferida para outro hospital”, explicou.
A vereadora Mara Boca Aberta afirma que o caso não se trata de uma fatalidade e que precisa que ser apurado. "Não é uma fatalidade. É uma falha gravíssima, que custou a vida de uma pessoa, é negligência e isso precisa ser apurado. A Secretaria de Saúde precisa apurar de quem foi a falha e por que essa senhora não foi transferida".
Mara Boca aberta também critica a demora no atendimento nas unidades de saúde do município. "É uma demora muito grande no atendimento e isso ocasiou a morte de uma senhora que esperava uma uma transferência. Vamos tomar providências, com vereadores que fazem parte da comissão da seguridade e parte da comissão de direitos humanos, pois isso tem acontecido constantemente", ressalta a vereadora.
A Secretaria de Saúde se manifestou por meio de nota dizendo que se solidariza com a família. Segundo a secretaria, a paciente chegou na UPA do Jardim do Sol por volta das 2h35 da madrugada e foi atendida por volta das 3h15 pela equipe médica de plantão.
Ainda conforme informações da Secretaria de Saúde, foi verificada a gravidade do caso e que às 8h a paciente passou por outra avaliação, quando foi constatada a necessidade de transferência e que antes disso, a mulher teria sofrido uma parada cardíaca, foi reanimado, mas não resistiu.
Segundo o genro da vítima, a família vai acionar a justiça. “A gente vai procurar nossos direitos. Além de sogra ela era minha segunda mãe. E agora? A gente tinha certeza que ela ia sair de lá viva”, afirmou.
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