segunda-feira, 18 de julho de 2022

Prefeita prende policial militar que se passava por médico em hospital no Ceará

 

Prefeita da cidade de Paraipaba deu voz de prisão ao falso médico, que saiu do hospital algemado. O suspeito também foi preso em 2020 por agredir uma mulher.


Falso médico é preso por exercer ilegalmente a medicina no Ceará

Um policial militar foi preso na noite deste sábado (16) em Paraipaba, no Ceará, suspeito de exercer ilegalmente a profissão de médico. A prefeita da cidade, Ariana Aquino, deu ordem de prisão ao falso profissional, que saiu da unidade hospitalar algemado.

O falso profissional não é formado em medicina e usava o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) de outra pessoa, segundo testemunhas.

A Secretaria da Segurança Pública afirmou que Khlisto Sanderson Ibiapino de Albuquerque, 34 anos, foi autuado em flagrante pelos crimes de exercício ilegal da medicina e falsa identidade. Ele foi preso no Hospital Municipal de Paraipaba.

O momento da prisão foi registrado em vídeo. A prefeita Ariana Cordeiro Façanha Aquino deu voz de prisão ao falso médico acompanhada de guardas municipais e policiais civis.

"Recebemos denúncias que o senhor está exercendo ilegalmente a medicina. Então eu estou dando aqui ordem de prisão para o senhor. A gente chamou a polícia, a gente recebeu uma denúncia que o senhor estava exercendo ilegalmente a medicina. O CRM não é do senhor, e a gente chamou a polícia, ela está aqui", disse a prefeita no momento da prisão.

Khlisto é soldado da Polícia Militar do Ceará e também responde judicialmente por violência doméstica contra mulher na Comarca de Fortaleza, em 2020, suspeito de agredir uma mulher na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

g1 entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec) questionando sobre a atuação do falso médico, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Já a Polícia Militar informou que Khlisto está afastado das atividades na corporação por meio de licença para tratamento de saúde. "Atualmente, encontra-se na situação de agregado por, há mais de um ano, estar nessa condição. A PMCE está produzindo relatório para abertura de procedimento disciplinar junto à Controladoria Geral de Disciplina (CGD)", complementou a instituição.

Pena de até dois anos


De acordo com o artigo 282 do código penal brasileiro, "exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites" pode pegar pena de detenção de seis meses a dois anos.

Se o crime for praticado com o fim de lucro, é aplicado multa.







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