“Não adianta ter prédios altos e apartamentos luxuosos, se você ficar doente ou sofrer um acidente, dependendo da gravidade, corre um sério risco de morrer”, desabafou um morador de Itapema, Litoral Norte catarinense.
Seria cômico não fosse muito trágico o que acontece no balneário de Itapema, litoral Norte catarinense.
Tendo sido eleita com a proposta de construção de um hospital, a atual alcaide municipal, Nilza Simas, não construiu o dito cujo hospital, como (pasmem) se reelegeu com a mesma promessa “requentada” do malfadado hospital e até o presente momento, passados seis anos de “amadorismo” de gestão, tudo indica que o tal hospital ainda estaria sendo “protelado” propositalmente para as próximas eleições no ano que vem (2024) para se “re-requentar” a promessa para eleger o sucessor da atual prefeita de Itapema.
Enquanto isso, se o cidadão pagador de impostos precisar de saúde, devem erguer as mãos para o céu e rezar. Consultas, tem que acordar de madrugada e enfrentar filas nos postos, e corre o risco de não ter nem a especialidade médica que você precisa.
O Secretário Saúde, o dentista Alexandre (genro da prefeita), até onde se tem conhecimento, sem nenhum conhecimento ou formação em gestão de saúde, não conseguiu dar uma resposta à sociedade itapemense, que sofre com o descaso na área mais estratégica e importante de uma cidade, pois lida diariamente com vidas humanas e impacta diretamente nas vidas de milhares de famílias do município.
Mas, para uma “gestora” municipal que teria “dado as costas” para a construção de um hospital filantrópico em Itapema, de média e alta complexidade, necessitando somente da cessão de um terreno para tal e sem nenhum recurso dos cofre públicos, bem como, com atendimento de 40% particular e 60% SUS, com UTI e UTI Neonatal, maternidade, pronto-socorro, salas de cirurgias para média e alta complexidade (por exemplo, cirurgias cardíacas e até transplantes) em sua fase final, não se espanta mais nada quando se diz que os cidadãos de Itapema estão agonizando no pseudo-hospital local.
Pelas informações somente do dia de hoje, 07/02, acreditamos que o secretário e dentista Alexandre e a prefeita do município, deveriam ser responsabilizados por omissão, negligência, prevaricação ou qualquer outro “ia” ou “ao” que o valha, tal o descaso presenciado por alguns munícipes que foram se socorrer no “hospital” local.
Se um cidadão com o devido esclarecimento ou coragem estivesse no local, deveria acionar a Polícia Militar ou, ainda, correr até ali pertinho, no Fórum da Comarca de Itapema, e pedir ao Promotor da área dos Direitos Humanos e Cidadania para, in loco, anotar o flagrante desrespeito aos direitos e dignidade da pessoa humana.
Quem sabe levando para trás das grades o secretário e uma boa representação contra a gestora do município, as coisas talvez começassem a entrar nos eixos. Pelo menos vergonha na cara e “medo das leis” teriam, já que o respeito, esse, ao que tudo indica, já teriam perdido há muito tempo.
Agonizando na porta do hospital
Citamos para corroborar com essa fala, o caso de uma senhora que, segundo informações, estaria por cerca de duas horas literalmente agonizando sem atendimento no hospital, chegando ao ponto de estar caída no chão do lado de fora do hospital e se contorcendo de dor.
Imaginem essa cena em uma cidade com o segundo metro quadrado mais caro do Brasil e com milhões de reais em IPTU, sem contar o Outorga Onerosa, e mais os tantos milhões que entram via convênios, etc.
Imaginem se fosse uma pessoa com influência ou conhecida dos gestores, provavelmente não ficaria ao “Deus dará”, largada como se não tivessem a menor preocupação com o ser humano.
Somente essa cena chocante, seria, em uma gestão séria, de se demitir o secretário (mas aqui o secretário é o genro, então esqueçam), bem como todos os que possam ter contribuído de uma forma ou de outra para o total descaso observado. Descaso este que, segundo informações, somente mudou após vários pacientes lá presentes terem interferido, bem como realizado filmagens para demonstrar o caos vergonhoso ou o descaso maquiavélico desta gestão municipal, amadora em muitos aspectos e “acima da lei” em outros.
Atropelada sem medicação contra dor
Mas, como “desgraça pouca é bobagem”, após isso ter ocorrido, malfadadamente uma moradora do bairro Morretes em Itapema, foi atropelada e levada de ambulância dos Bombeiros até o Hospital Santo Antônio, e (pasmem) toda machucada, com vários ferimentos pelo corpo, chegou a enviar um áudio para uma parente sua onde chorava e reclamava da falta de pelo menos uma medicação para “aliviar a dor”, a que ainda não teria sido realizada.
Assim que tivemos conhecimento do caso, entramos em contato com o Hospital Santo Antônio e falamos com uma pessoa que seria coordenadora hospitalar e relatamos o caso, a referida pessoa nos informou que iria verificar, mas achava estranho a pessoa não ter sido medicada para aliviar a dor.
Passados cerca de 20 minutos após o contato, soubemos que a senhora teria sido liberada ainda com dores, sem a referida medicação (informação repassada por parentes da vítima).
Novamente em contato coma mesma coordenadora, fomos informados que a paciente teria sido medicada devidamente. Diante dessa informação, solicitamos o nome da medicação e a modalidade de aplicação, ao que nos respondeu que estas informações estariam no prontuário da paciente, mas que, se deixássemos o número de contato, seríamos informados posteriormente.
Até o fechamento deste material estamos aguardando as informações solicitadas.
Em contato com a vítima, ela nos informou que foi liberada sem medicação nenhuma contra a dor e que seu esposo teria solicitado que lhe fosse feita uma receita para que ele se dirigisse à farmácia e comprasse os medicamentos que a sua esposa não recebeu no hospital.
Agonizar na porta do hospital e dar entrada para ser atendida e não receber sequer medicação contra a dor, são fatos gravíssimos e que merecem um olhar mais atendo por parte do Ministério Público local, pois está há muito extrapolando toda e qualquer menção próxima de dignidade humana, que dizer de “direitos”. Esta palavra, ao que tudo indica, não estaria no dicionário da Secretaria de Saúde de Itapema.
Finalizamos conclamando a sociedade para repudiar estes atos de negligência que entendemos ser até criminosa e merece uma atenção especial, um olhar mais de perto por parte das autoridades locais do Ministério Público.
NR: A redação entrou em contato com o secretário de saúde, senhor Alexandre, (No PV) para ouvir a versão da Secretaria sobre os fatos ocorridos no dia de hoje,07, até o momento não obtivemos resposta. Folha do Estado SC
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