quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Pinheirense transferida da UPA para o HRAD volta a denunciar descaso da saúde pública em Patos de Minas

 

Ela procurou a reportagem da NTV e denunciou diversas irregularidades no Hospital Regional; antes, ela procurou o JP Agora para denunciar a UPA de João Pinheiro



Uma família da cidade de João Pinheiro entrou em contato com a NTV para denunciar o tratamento que uma pinheirense vem recebendo no Hospital Regional de Patos de Minas. Kelly Aparecida Tavares, de 34 anos, está internada há 11 dias e, segundo sua mãe, está sendo alvo de represálias por parte de alguns profissionais de saúde.

O caso de Kelly já havia sido noticiado pelo JP Agora quando ela ainda aguardava transferência da UPA de João Pinheiro para Patos de Minas. A vaga para o regional finalmente saiu, mas o que era para ser a sua salvação acabou se tornando um novo martírio, segundo alega a mãe de Kelly Aparecida.

A paciente já tem um histórico de saúde delicado e precisou passar por transplante renal há 7 meses. Ela precisa fazer hemodiálise 3 vezes por semana e foi internada recentemente após descobrir uma úlcera que precisava ser objeto de cirurgia. Realizado o procedimento, a família alega negligência médica no procedimento e a paciente está perdendo muito sangue e debilitada.

Para o repórter Rafael Ribeiro, da NTV, a mãe da paciente denunciou más condições de higiene no hospital, conduta inadequada de profissionais de saúde e até mesmo casos de racismo. Ela tentou gravar os abusos, mas seu celular foi tomado para apagar as evidências. Em desespero, a família implora por transferência da paciente e tem medo de que ela não resista devido à falta de suporte médico.

“Uma agulha de injeção em cima da cama dela e vidro de soro em cima da cama dela. Um pote de sangue com secreção de uma drenagem que fez, ficou debaixo da cama dela 4 dias. Piadinhas com ela e todas as enfermeiras, a que está fala para outra ‘não vai lá que são barraqueiras, querem chamar repórter. Só vê piadinhas. Cheguei tirar foto dessas agulha desse sangue, mas uma das enfermeiras tomou e apagou. Me chamou de negra, falou que todo negro é desse tipo, todo preto é desse tipo” disse a mulher para o repórter da NTV.

A direção do Hospital Regional respondeu à reportagem de Rafael Ribeiro e disse que vai apurar as condutas dos profissionais de saúde via procedimento administrativo. Ressaltou, ainda, que as reclamações devem ser dirigidas à ouvidoria, o que a NTV se comprometeu em fazer.



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