terça-feira, 24 de abril de 2018

CRM-PB investiga morte de bebê por suposta negligência médica, em Cabedelo

Após ir a hospital e ser mandada de volta para casa, grávida realizou o parto com ajuda de vizinhos.

Sede do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB)
 (Foto: Felipe Gesteira/Jornal da Paraíba/Arquivo)
O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) abriu uma sindicância para investigar um parto que teria sido realizado em casa, por negligência médica, na madrugada deste domingo (22), no município de Cabedelo, na Grande João Pessoa. Após procurar atendimento em hospital e supostamente ser mandada de volta para casa, a mãe realizou o trabalho de parto com ajuda de vizinhos, mas o bebê não resistiu e morreu.

O Hospital e Maternidade Municipal Padre Alfredo Barbosa informou que a Direção está ouvindo internamente os funcionários e em reunião com a Coordenação Multiprofissional da instituição, para que possa se posicionar em relação ao caso.

Segundo Isabela Félix, vizinha que ajudou no trabalho de parto, a mulher - que já estava com nove meses e nove dias de gravidez - teria procurado o Hospital e Maternidade Municipal Padre Alfredo Barbosa, por volta das 23h do sábado (21).

Entretanto, ao chegar à unidade de saúde, teria sido avaliada e informada pela médica que o colo do útero ainda estava fechado, que suas dores eram normais e que deveria tomar um remédio para cólicas abdominais.

Ainda de acordo com Isabela, as dores não passaram. Os vizinhos teriam chamado uma ambulância local, que não pôde realizar o atendimento, por não ser adequada para transportar a grávida, que já estava em trabalho de parto. “No momento que o bebê nasceu, peguei e tirei o laço que ele nasceu no pescoço. Ele fez cocô dentro da mãe. Depois que puxou ar e não conseguiu respirar, foi ficando roxo”, explicou.

Após o parto, uma equipe do Samu chegou ao local e encaminhou a mulher para o Hospital Municipal de Cabedelo, onde ela segue em observação, com o quadro clínico considerado regular, segundo a instituição. “Eu ‘tô’ vendo a hora meu coração não suportar tanta coisa, a gente presenciar o que aconteceu. Era para a médica ter acolhido, ela chegou em casa sofrendo”, disse Isabela.

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