segunda-feira, 30 de abril de 2018

Mulher denuncia negligência no Hospital de Simões filho



O Hospital Municipal de Simões Filho foi acusado de negligência por uma paciente que passou por um verdadeiro drama no local. A dona de casa Luciene de Souza Melo afirmou à TV FALA SIMÕES FILHO que esteve internada há alguns meses na unidade de saúde e que a equipe médica não prestou um tratamento adequado ao ter sua filha.

 Luciene estava grávida e afirmou que deu entrada no Hospital Municipal, mas a equipe médica a mandou ir para casa por, em tese, não ter nada grave. De volta ao hospital, ela relatou o ocorrido dentro da unidade de saúde.

“Já estava perdendo sangue e aí eles mandaram ir para casa. Quando estava em casa, minha situação piorou. Meu esposo arrumou um carro e trouxe de volta. Chegando aqui eles me internaram. Na segunda, eles me mandaram para enfermaria. De noite, eu comecei a piorar e sangrar. Senti muita dor. Eu queria ter minha filha, pois estava sentindo muito dor. Me encaminharam de novo e a médica disse: ‘Você é teimosa, não vai ter o bebê. Você vai para casa porque não está no dia para ter neném'”, contou.

De acordo com Luciene, o parto só aconteceu quando ela foi encaminhada ao ultrassom no Anexo. “Fiz a ultrassom e ele disse que eu tinha perdido sangue. Eu desci, olharam os exames e me colocaram no soro. Tive muita dores. Quando viram que não aguentava mais de dor, me deram anestesia e carregaram minha filha como se fosse cachorro”, disse a dona de casa, às lágrimas, contando que os médicos a deixaram “aberta” no hospital.

Depois, os médicos afirmaram que a menina nasceu com má formação no cérebro e que era considerado como microcefalia. “Eu falei que ela não poderia ter nascido assim. Ela perguntou se eu tinha feito o pré-natal e eu disse que sim. Mas a médica disse que minha filha tinha problema”, contou.

Drama

Luciene disse que a equipe médica só fez os pontos depois de três horas. No dia seguinte, uma enfermeira entrou na sala para contar sobre a situação de sua filha.

“Ela disse para mim que minha folha tem 31% de má formação no cérebro e que talvez não vá andar e pode desenvolver cegueira ou surdez. Ela disse que o hospital não tem condições de investigar se a criança tem microcefalia” disse.

Após a alta o hospital, foi verificado que a filha não tinha microcefalia. “Foi porque eles forçaram o parto. A cabeça da menina estava machucada. Quando mediram o perímetro da menina, não deram o normal. Achei um absurdo”, relatou.

A dona de casa chegou a ir à APAE para verificar o problema de microcefalia, mas eles disseram que o bebê não tinha. À reportagem, Luciene chegou a mostrar um laudo emitido pelo hospital informando o problema da recém-nascida. Além disso, ela teve que gastar com transporte e exames por causa da menina, pois a rede pública não cobre exames sobre microcefalia.

“Nem sei dizer quanto foi. Quero uma solução, porque a prejudicada fui eu. Tive depressão pós-parto. Às vezes quando eu acordo eu puxo um pouco da perna porque eles botaram bastante força para a menina nascer, pois eles queriam sem anestesia, no seco. Quando eles viram que ela não ia nascer no seco, eles deram anestesia, me cortaram e nasceu a minha filha”, reclamou.

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