Familiares dela também registraram um boletim de ocorrência de homicídio culposo
A Secretaria Municipal de Saúde de Penápolis instaurou uma sindicância interna para apurar como ocorreu o atendimento a uma paciente de 60 anos, que morreu dias depois de dar entrada no pronto-socorro municipal. Familiares dela também registraram um boletim de ocorrência de homicídio culposo (sem intenção).
De acordo com o registro, a paciente passou mal no último dia 12 e relatou que um dia antes comeu um pedaço de melancia. Ela acreditava que a fruta tivesse causado alguma reação, pois um enteado experimentou o alimento e teve os mesmos sintomas: dores abdominais, vômito e diarreia.
Segundo o boletim de ocorrência, os dois foram levados ao pronto-socorro, medicados e liberados. Porém, no dia seguinte a mulher teve febre e continuou com dores, voltou ao PS, foi medicada junto com soro e liberada. Como o estado de saúde não melhorou, a paciente foi levada de volta ao pronto-socorro.
A família pediu para que fossem realizados exames, mas a equipe médica teria informado que ela tinha contraído uma virose e, após ser medicada, foi novamente liberada.
No dia 16, a mulher foi levada de ambulância para o hospital e, com suspeita de taquicardia, foi levada para a sala de emergência. No início da noite a paciente foi transferida para a Santa Casa e internada na UTI.
Às 7h do dia seguinte a família foi comunicada da morte e informada que exames apontaram que ela foi contaminada com salmonella.
INVESTIGAÇÃO
A Secretaria de Comunicação da Prefeitura informou que o caso encontra-se em sindicância e, conforme relatório do médico diretor-técnico do pronto-socorro, Luiz Henrique de Felippe Valente, as informações são sigilosas e pertencem aos órgãos competentes.
Segundo a administração municipal, a paciente foi atendida três vezes na unidade e posteriormente internada. “A mesma não apresentava risco de morte em nenhum dos primeiros atendimentos.
Quando apresentou alterações, foi imediatamente conduzida à enfermaria para internação e, posteriormente, encaminhada à UTI da Santa Casa pela piora do quadro”, informa em nota.
Conforme a Prefeitura, na UTI houve piora acentuada e rápida, não sendo possível reverter o quadro, apesar dos esforços e do tratamento. Para a família, houve imperícia e negligência médica no pronto-socorro.
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