O jornalista Franz Vacek e seu filho, Paulo César Costa Vacek, de 4 anos |
Vacek acusa o hospital de "imperícia médica". Já o Samaritano diz que está apurando protocolos e procedimentos adotados durante o atendimento. (Veja nota abaixo).
"Paulinho está em casa recuperando-se dentro do possível, cercado de amor e carinho. Claro que está sendo um Natal atípico. Hoje acordou gritando. Fala coisas desconexas sobre hospital, médicos e sobretudo para não passar 'cola quente' no olho dele. Sigo sem receber nenhum retorno do hospital Samaritano sobre como conduzirão em relação ao caso e ao médico", escreveu Vacek em seu perfil nas redes sociais.
Segundo relatou Vacek, Paulo César Costa Vacek, o Paulinho, foi levado no domingo ao hospital depois de sofrer um acidente doméstico. "Ele resolveu pular de uma cadeira para a outra para ver o irmão no berço e se desequilibrou, bateu o supercílio e sangrou bastante", explicou.
"Chegando ao pronto-socorro, a pediatra falou que 'era coisa muito simples, mas vai precisar tomar um ponto'. Ela me passou duas opções: ou tomava o ponto e teria de anestesiar com anestesia local, ou um procedimento muito mais simples, e que não teria que retirar os pontos depois, que seria uma cola cirúrgica. Obviamente optei pela cola que seria indolor", afirmou Vacek.
Ainda segundo o jornalista, o hospital ofereceu a possibilidade de um cirurgião plástico realizar o procedimento, mas isso demoraria cerca de duas horas. Vacek então optou pelo médico plantonista, que teria, segundo o depoimento, derramado "grande quantidade" de cola, que escorreu "pelo olho esquerdo do meu filho.
"Por mais inacreditável que pareça não havia nenhuma proteção para evitar que o produto tivesse contato com o globo ocular. No desespero, um dos enfermeiros passou um pano para tirar o excesso da cola em cima dos cílios e pálpebras o que ajudou a espalhar ainda mais. Na sequência, o olho esquerdo do meu filho ficou totalmente colado. Perguntei ao médico se a cola saía, sendo respondido com rispidez: 'Ué, você acha que ficará grudado para sempre? Superbonder demora, mas sai.' Em seguida, o mesmo médico tentou forçar a abertura do olho colado com os dedos e começou a 'rasgar' as pálpebras da criança", escreveu.
No texto publicado, o jornalista afirma que outro médico apareceu no local e constatou que a situação era grave. "Horas depois fui com ele já acordado para o centro cirúrgico. Ao perceber que seria operado meu filho desesperou-se novamente. Ao gritar e chorar o olho abriu-se um pouco provocando intenso sofrimento com a dilaceração das pálpebras e cílios colados. Pediram para me despedir do meu filho e eu caí em lágrimas passando um dos piores momentos da minha vida."
Em nota enviada no dia 25 de dezembro ao UOL, o hospital Samaritano confirma que Paulo foi atendido na unidade, mas garante que está apurando todos os protocolos adotados.
"Ressalta que está apurando todos os protocolos adotados, bem como os procedimentos praticados durante o atendimento. Além disso, a instituição reitera o seu compromisso com o aprimoramento contínuo de seus serviços, colocando-se à disposição para mais esclarecimentos.".
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