sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Família faz empréstimo para repetir retirada de vesícula depois de cirurgia feita pelo SUS

Mesmo havendo decisão judicial favorável para que estado providencie procedimento, eles arcarão com custo de R$ 13 mil pois consideram caso emergência…


A paciente que foi submetida a retirada de vesícula no mês de novembro, passou mal e descobriu que ainda tinha o órgão no corpo passará por novo procedimento hoje. Marines Blaco Nogueira da Silva, de 58 anos, seguiu com dores e a realização de um exame determinado pela justiça constatou pedras no órgão, que precisa ser retirado. A família decidiu fazer um empréstimo para um novo procedimento pela rede particular.
Uma decisão judicial do último dia 20 determinou que a cirurgia fosse providenciada pelo Governo do Estado em 10 dias, sob pena de multa. Considerando o prazo para intimação e o receio de descumprimento a família tomou a decisão para tentar resolver o problema de uma vez por todas.
“Nos falaram que o caso dela é emergência. Ela está com os olhos amarelados, não pode esperar. A cirurgia custa R$ 13 mil e não tínhamos o dinheiro. Foi feito um empréstimo para cobrir’, conta a filha Simone da Silva.
Ela conta que chegou a ser procurada pelo médico que fez o primeiro procedimento orientando a refazer a cirurgia pelo SUS amanhã (27) em um hospital de Cascavel, com outro profissional, mas eles estranharam a atitude e decidiram não fazer.
A família está buscando outros pacientes que possam ter passado por problema parecido, inclusive uma mulher que seria moradora de Ibema e fez a cirurgia no mesmo dia (04/11/2019). O contato pode ser feito pelo telefone 45 9.9902-5571.

O caso

O procedimento foi feito no Hospital Santa Simone, em Corbélia, pelo SUS. O hospital afirma que trata-se de um caso raro de duplicidade de vesícula. Eles dizem ainda o órgão retirado do corpo da mulher passou por exame de DNA que comprovou que de fato a retirada do primeiro órgão ocorreu.
A família não acredita que a mulher tinha duas vesículas no corpo e diz que nenhum exame apontou isso. Para eles houve erro médico. O Ministério Público acompanha o caso.
CGN procurou o Governo do Estado para um posicionamento.

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